Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ex-presidente da República e postulante mais uma vez ao cargo, afirmou nesta segunda-feira (03) que sua campanha no segundo turno das eleições terá como foco os eleitores que, de acordo com o petista, “parecem que não gostam” dele e de seu partido.
Durante a campanha, Lula foi criticado por muitos por “pregar a convertidos” e deixar de lado aqueles que não gostam dele e do PT. Agora que terá que enfrentar o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno, o ex-chefe do Executivo e sua equipe avalia que é necessário ampliar o leque de apoios para vencer as eleições no próximo dia 30 de outubro.
“A partir de amanhã, é menos conversa entre nós e mais conversa com os eleitores. […] Precisamos conversar com aqueles que parecem que não gostam da gente”, afirmou Lula durante uma reunião da coordenação da campanha do petista.
De acordo com o jornalista Valdo Cruz, da “Globo News”, durante a reunião, Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), afirmou que a legenda agora busca o apoio da candidata Simone Tebet (MDB) e do PSDB. Conforme o jornalista, a chefe da sigla afirmou que terá o retorno sobre as alianças até a próxima quarta-feira (05).
Além de Simone Tebet e do PSDB, a campanha de Lula pretende reiniciar os movimentos feitos recentemente de declarações de apoio ao ex-presidente, que disputou o primeiro turno em uma coligação com dez partidos (PT, PSB, PCdoB, PSOL, Rede, PV, Pros, Avante, Agir e Solidariedade).
Durante a campanha, para reforçar a imagem de uma “frente ampla” contra o atual presidente, a equipe que cuida da campanha de Lula investiu em buscar apoio de políticos e setores que, em outras ocasiões, criticaram o ex-chefe do Executivo e o PT – o vice de Lula, Geraldo Alckmin (PSB), por exemplo, foi um grande crítico do agora aliado petista.
Segundo o jornalista, a avaliação é que a campanha precisa de novos acenos de conservadores e religiosos, além dos que declararam apoio a Lula no primeiro turno. Por conta disso, novas alianças já entraram no radar da cúpula petista. No domingo, Lula somou 48% dos votos válidos, o que não foi suficiente para vencer a disputa na primeira etapa.
Bolsonaro, por sua vez, somou 43% dos votos válidos. O resultado surpreendeu, pois ele somou um percentual maior do que previam os institutos de pesquisas, evitando assim uma vitória do petista na primeira etapa do pleito, que agora será decidido no próximo dia 30.
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