Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, afirmou nesta sexta-feira (16) que, em reunião realizada no Palácio do Planalto, ouviu do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que o petista tem a intenção de reduzir o ritmo do envio de Medidas Provisórias (MPs) ao Congresso Nacional.
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“Ouvi dele [Lula] a intenção de reduzir o envio de MPs, um anseio do Congresso Nacional”, afirmou no Twitter Arthur Lira. As medidas provisórias são um instrumento que o governo tem para modificar a legislação. Por terem força de lei, elas entram em vigor ao serem publicadas no Diário Oficial da União. No entanto, elas precisam da aprovação da Câmara e do Senado em 120 dias, pois, caso contrário, perdem a validade.
Hoje, Lula tem tentado melhorar sua relação com o Congresso Nacional. Isso porque o descontentamento de deputados e senadores com o início do governo do petista tem atrapalhado no cumprimento de propostas feitas pelo presidente durante a campanha eleitoral.
Além do encontro com Arthur Lira, Lula também se reuniu nesta sexta-feira com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e o comandante do Exército, general Tomás Paiva, para a realização de uma reunião no Palácio da Alvorada como foco em discutir o plano de golpe encontrado pela Polícia Federal no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL).
Conforme publicou o Brasil123, o jornal “O Globo” revelou que o encontro durou quase duas horas e teve como objetivo a discussão das mensagens e documentos que foram encontrados pela Polícia Federal (PF) no celular do ex-auxiliar de Bolsonaro – as mensagens eram uma trama para dar um golpe de estado, afastar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e colocar o país sob intervenção militar.
Por conta do caso, o Exército soltou uma nota ressaltando que “opiniões e comentários pessoais não representam o pensamento da cadeia de comando do Exército Brasileiro e tampouco o posicionamento oficial da Força”. “Como Instituição de Estado, apartidária, o Exército prima sempre pela legalidade e pelo respeito aos preceitos constitucionais”, disse a entidade.
Aina no comunicado, o Exército afirmou que “os fatos recentes somente ratificam e comprovam a atitude legalista do Exército de Caxias”. “Eventuais condutas individuais julgadas irregulares serão tratadas no âmbito judicial, observando o devido processo legal. Na esfera administrativa, as medidas cabíveis já estão sendo adotadas no âmbito da Força”, finaliza a entidade.
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