Às vésperas de completar o centésimo dia a frente do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma análise sobre os 100 primeiros dias do seu governo no poder. Dentre os vários pontos, o chefe do Executivo afirmou que durante o período priorizou o “inadiável” e trabalhou pela “reconstrução” e “união” do país.
O terceiro mandato de Lula a frente do Brasil irá completar 100 dias na próxima segunda-feira, dia 10 de abril. Neste período, o governo relançou programas sociais como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida e Mais Médicos, e enfrentou desafios, como a invasão e depredação das sedes dos poderes da República.
“Os problemas herdados eram tantos e em tantas frentes que o termo ‘reconstrução’ foi incorporado ao slogan do governo federal, precedido de outra palavra-chave: ‘união’. Não existem dois Brasis, o Brasil de quem votou em mim e o Brasil de quem votou em outro candidato. Somos uma nação”, afirmou Lula.
Lula enfatiza os programas sociais criados
Como um dos pontos fortes em todos os seus governos, nesta terceira passagem como presidente, Lula não fez diferente. Em seu artigo, ele enfatiza os vários programas sociais lançados ou relançados nestes primeiros três meses, entre eles o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), projeto em que o governo compra a produção de pequenos produtores da agricultura familiar e repassa para pessoas que estão em vulnerabilidade alimentar.
Além disso, o governo Lula foi responsável pelo reajuste médio de 36% para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), cujos valores são repassados para estados e municípios e destinados à compra de merenda escolar para os alunos de todas as etapas da educação básica pública.
“Governar é lidar com urgências, ao mesmo tempo em que criamos as bases para um futuro melhor. Nestes primeiros 100 dias, priorizamos o que era inadiável. Começando pelo necessário, para fazer o possível”, escreveu o presidente.
Ministérios foram criados
O presidente Lula também destacou em seu artigo a mudança e a reedição de novos ministérios com o objetivo de cuidar de atividades importantes para a nova gestão, como:
- Igualdade Racial, “para reparação histórica ao povo negro deste país”, disse;
- Mulheres, “para o combate à violência de gênero e à desigualdade no mundo do trabalho”, afirmou Lula; e
- Cultura, “para fazer novamente da cultura uma extraordinária ferramenta de geração de riqueza, além de parte fundamental de formação da nossa identidade”, escreveu o presidente; e
- Povos Indígenas, “juntamente com a reorganização da Funai, para fazer justiça aos primeiros habitantes deste país”, elabora Lula.
Outro ponto relevante é o objetivo de reestabelecer seu apanhado de parcerias como exterior, voltando a colocar o Brasil como forte aliado de países que nos últimos anos ficaram distantes.