Durante sua visita a Belo Horizonte, o candidato à presidência pelo PT e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, do Partido Novo, tem “liberdade de apoiar quem ele quiser”, mas que ele não pode pensar que o “povo é gado”.
A entonação de Lula se dá pelo apoio do vencedor das eleições para o governo de Minas Gerais, Romeu Zema, que após vencer declarou seu apoio à reeleição de Jair Messias Bolsonaro, do PL.
O atual governador venceu as eleições com cerca 56,18% dos votos, enquanto que para a presidência, Lula foi o vencedor no estado com cerca de 49% dos votos. O apoio a Bolsonaro é de grande valia para a reeleição, sendo Minas Gerais o segundo maior colégio eleitoral do Brasil.
Após a coletiva, Lula saiu em caminhada da Praça da Liberdade até a Praça Tiradentes, na Região Centro-Sul da capital mineira.
A campanha de Lula
Durante a entrevista, Lula também afirmou que a militância não pode aceitar nenhuma provocação e nem “entrar em encrenca”. “Vão ser dias tensos, seja o cidadão mais pacífico do planeta Terra”, disse ele, que afirmou ainda que acatará o resultado das urnas.
“Eu já perdi duas eleições para o Fernando Henrique Cardoso, perdi uma eleição para o Fernando Collor, e no dia seguinte voltei para casa sem reclamar da vida”.
Além disso, o ex-presidente concordou que essa seja a eleição mais polarizada do Brasil e continuou: “Os votos estão definidos. Ou seja, quem é cruzeirense não abre mão de ser cruzeirense e quem é atleticano não abre mão de ser atleticano, nós temos aí alguns torcedores do América, que nós vamos tentar ganhar, que é o pessoal da abstenção, que não votou no primeiro turno”.
Crítica as políticas atuais
Lula também voltou a criticar a ausência de políticas públicas do atual presidente para os indígenas, a Amazônia e para a questão climática. “Como eu penso 100% diferente dele, eu quero dizer que vamos fazer a mais importante política de preservação ambiental que esse país já viu, já fizemos quando era governo”.
Entre 2004 e 2012, durantes os governos Lula e início do primeiro governo de Dilma Rousseff (PT), o desmatamento da floresta amazônica caiu 83%, após a implementação do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm). Durante o governo Bolsonaro, a derrubada da floresta cresceu por três anos seguidos – o que não acontecia desde o início do milênio. Em 2021, o desmatamento atingiu a maior área em 15 anos, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).