A questão da reforma agrária vem sendo pauta em governos anteriores, porém, a esperança é que a tal reforma seja feita no atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Nesse sentido, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou ontem, dia 29, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar em maio um “plano emergencial” para a reforma agrária.
Paulo Teixeira deu a declaração em São Paulo, onde participou de um evento organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Vale lembrar que a pauta da reforma agrária se fez presente em toda a campanha de Lula, que afirmou, caso fosse presidente, iria determinar medidas para que se concretizasse tal reforma.
Lula e o diálogo com o MST para reforma agrária
Segundo o ministro, já existe um diálogo entre o presidente Lula e as lideranças do MST. Nesse sentido, o próximo passo será a presença na feira da reforma agrária, no mês de maio. E o presidente Lula deve anunciar o lançamento de um plano emergencial de reforma agrária no Brasil”, afirmou Paulo Teixeira neste sábado.
Apesar disso, o ministro foi questionado sobre a data de quando sairá o anúncio do presidente Lula, ele respondeu que o pronunciamento deve ocorrer já em maio.
A declaração do ministro do Desenvolvimento Agrário acontece três dias após a Câmara dos Deputados ter criado uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar invasões do MST neste ano.
Ministro questionado CPI
A Câmara dos Deputados instaurou uma CPI para investigar possíveis invasões de terra do MST neste ano de 2023.
O ministro Paulo Teixeira tem questionado firmemente a criação da CPI. Segundo ele não possui o que investigar, visto que o MST não se encontra em terras invadidas. Para o ministro, a criação da CPI visa “alimentar luta”, uma vez que as ocupações tiveram “caráter de protesto”.
Além disso, vale lembrar que a situação da CPI pode acarretar atraso no anúncio da reforma agrária.
“Eu não vejo razão senão alimentar luta política, ideológica e que não serve a ninguém, não move o país e não resulta em algo positivo para o país. Eu acho que o Congresso Nacional tem matérias mais importantes para se debruçar”, acrescentou Teixeira na ocasião.
Também na quinta, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou ser “legítimo” o sonho à terra e que é função do Estado garantir a reforma agrária, mas que “não é concebível” invasão de área produtiva e que “não tem diálogo” com invasores.
Para o ministro da Agricultura, porém, a CPI do MST não pode se transformar em “palanque político”.