O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar as privatizações de empresas públicas. Desta vez, o ex-chefe do Executivo disse que, caso seja eleito, irá chamar os empresários que, segundo ele, estão comprando as estatais a “preço de banana”, para conversar.
“Aqueles empresários que estão comprando as empresas públicas a preço de banana se preparem que vou chamá-los para conversar sobre a questão da privatização”, disse Lula, que fez a declaração durante um evento realizado na Arena das Dunas, em Natal, no Rio Grande do Norte.
Assim como publicou o Brasil123, a mais nova privatização foi a da Eletrobras. A empresa foi privatizada com a capitalização das ações da empresa, fazendo com que, desta forma, a companhia passe a não ter mais um controlador definido.
Além da Eletrobras, outra empresa que está na mira dos ministros da Economia e das Minas e Energia, Paulo Guedes e Adolfo Sachsida, é a Petrobras. A dupla deixou claro que é favorável à privatização da Petrobras, mas também já adiantou que não há prazo definido para a venda da empresa.
Durante seu discurso, Lula afirmou que as altas nos preços dos combustíveis se deve à política de paridade adotada pela Petrobras, que faz com que os valores sejam atrelados às cotações internacionais. “Vamos voltar a abrasileirar os preços da gasolina, do óleo diesel e do gás desse país”, disse ele.
Em outro momento, Lula “cutucou” o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), dizendo que ele tenta colocar a culpa do alto preço nos governadores em razão do ICMS, um imposto estadual. “O ICMS é alto mesmo, é preciso baixar. Mas não pode jogar culpa que a gasolina subiu por causa do ICMS”, disse ele.
Lula fala sobre a fome no Brasil
Em outro momento, Lula ainda comentou sobre a fome no Brasil, questionando o público sobre “como é que pode um país ser o terceiro produtor de alimentos do mundo, o primeiro em produção de proteína, ter 30 milhões de pessoas passando fome e pessoas na fila do açougue esperando para comprar osso?”. De acordo com o ex-presidente, caso ele consiga derrotar Bolsonaro e ser eleito novamente como chefe do Executivo, seu foco será “colocar” o pobre no orçamento e o “rico no Imposto de Renda”.
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