O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) definiu, durante uma reunião realizada nesta quarta-feira (03), quem será o comandante efetivo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). A vaga para o cargo em questão será ocupada pelo general Marcos Antônio Amaro dos Santos.
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De acordo com informações do portal “G1”, no encontro, estavam Lula, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e o próprio general, que durante o governo de Dilma Rousseff (PT), foi o responsável pela segurança da ex-presidente e ainda comandou a Casa Militar da petista.
O militar assume o comando do GSI no lugar do general Gonçalves Dias, que pediu demissão do comando do Gabinete de Segurança Institucional no mês passado após uma reunião, no Palácio do Planalto, com o presidente Lula e chefes de outras pastas – ele foi o primeiro ministro a deixar o governo no terceiro mandato de Lula.
Essa decisão de deixar o comando da pasta veio após vídeos mostrarem que ele estava presente no Palácio do Planalto no dia dos atos de 08 de janeiro, data em que apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes – Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e Palácio do Planalto.
Apesar do pedido de demissão, ele nega ter cometido qualquer irregularidade no dia dos atos. Isso porque, segundo o ex-ministro, ele estava no Palácio do Planalto, no 08 de janeiro, com foco em retirar os criminosos do local. “Eu entrei no Palácio depois que o Palácio foi invadido e estava retirando as pessoas do 3º e 4º piso, para que houvesse a prisão no 2º”, disse o general em entrevista à “TV Globo” – ele também afirmou que sua imagem foi retirada do contexto.
Renovação no GSI
Antes da confirmação do general Marcos Antônio Amaro dos Santos no posta, o cargo de chefe do GSI estava sendo exercido, de forma interina, por Ricardo Cappelli, que revelou que Lula estava com pressa na renovação do quadro de agentes do órgão.
“Há uma determinação do presidente da República para que a gente acelere a renovação dos quadros funcionais”, disse ele após uma conversa com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, relator dos inquéritos que dizem respeito a data citada, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro protagonizaram atos sem precedentes na história do Brasil.
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