Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da República, chegou neste sábado (15) aos Emirados Árabes. Por lá, ele se reuniu, em Abu Dhabi, com o chefe de Estado local, Mohammed bin Zayed Al Nahyan. A chegada do petista aconteceu após ele ter passado dois dias na China, país este onde ele se encontrou com o presidente chinês, Xi Jinping, entre outras autoridades.
Em rápida conversa com jornalistas, Lula disse que o encontro com Zayed Al Nahyan deveria ser classificada como uma “visita altamente proveitosa”. Já nas redes sociais, o petista ressaltou que “os Emirados são o país da região que mais investe no Brasil, serão sede da COP-28 esse ano e irão ampliar investimentos em biocombustíveis e energias renováveis”.
“Volto ao país 20 anos depois para reforçar a relação entre o Brasil e os Emirados Árabes Unidos”, escreveu Lula, que protagonizou a terceira visita de um chefe do Executivo brasileiro aos Emirados Árabes Unidos. A primeira visita foi realizada pelo próprio petista. Isso, em 2003, durante seu primeiro mandato. Além disso, o ex-presidente Jair Bolsonaro também visitou o país em viagem oficial.
Em nota, ao anunciar a visita de Lula, o governo brasileiro destacou que os Emirados Árabes Unidos estão entre os três principais parceiros comerciais do Brasil no Oriente Médio. Em 2022, por exemplo, o comércio bilateral alcançou US$ 5,7 bilhões, aumento de 74% em relação a 2021, com superávit brasileiro de US$ 739 milhões. O destaque da troca comercial entre os dois países fica por conta do agronegócio, que responde por quase 60% da pauta de exportações brasileiras ao país.
Viagem de Lula à China
Assim como publicou o Brasil123, Lula esteve na China nos últimos dias. Na sexta (14), último dia do chefe do Executivo no país, o petista disse que a relação com o país asiático não causa arranhão entre Brasil e Estados Unidos. Hoje, a China trava, no cenário internacional, uma disputa com os Estados Unidos, parceiro histórico do Brasil, em áreas cruciais como comércio, indústria e tecnologia.
“Não acredito e não há nenhuma razão para isso”, disse Lula sobre uma possível “crise” com os Estados Unidos após a aproximação com a China. “Quando eu vou conversar com os Estados Unidos, não fico preocupado com o que a China vai pensar. Estou conversando sobre os interesses soberanos do meu país. Quando venho conversar com a China, também não fico preocupado com o que os Estados Unidos estão pensando. É assim que fazem os Estados Unidos, a China e todos os países”, disse o petista.
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