O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os Governadores se reúnem para tratar sobre propostas que irão apresentar a Lula das 26 unidades federativas do Brasil, mais o Distrito Federal, divulgaram nesta sexta-feira (27) uma carta em defesa da democracia, que classificam como um “valor inegociável”. Em seu pronunciamento, Lula falou em manter uma “nova relação” e “comportamento civilizado” com os chefes de cada estado, além de colocar o BNDES para financiar obras em todo o país.
Lula e reunião com os governadores
De acordo com Lula, o encontro com os governadores ajudou a criar uma relação entre os entes federativos, tendo como objetivo devolver o país à normalidade, onde os governadores possam dialogar sem colocar em primeiro plano a rivalidade entre os partidos. É preciso recuperar a “normalidade democrática e a paz no país”, além de “mostrar aos brasileiros que a disseminação do ódio acabou para que o país possa dar certo”, afirmou Lula. Além disso, o presidente garantiu que manterá uma gestão de diálogo e parceria com todos os governadores, independentemente de serem aliados políticos, deixando as portas do Palácio do Planalto abertas para todos que queiram conversar com o governo federal.
Sobre a carta
Batizado de “Carta de Brasília”, o documento anunciou a criação do Conselho da Federação, órgão colegiado formado por representantes dos governos federal, estaduais e municipais. O objetivo do colegiado, segundo a carta, é “definir uma agenda permanente de diálogo e pactuação em torno de temas definidos como prioritários pelos entes federados”. “A democracia é um valor inegociável. Somente por meio do diálogo que ela favorece poderemos priorizar um crescimento econômico com redução das nossas desigualdades e das mazelas sociais que hoje impõem sofrimento e desesperança para uma parcela significativa da população brasileira”, diz trecho da carta.
BNDES
Durante o encontro, o presidente enfatizou que o BNDES deve emprestar capital aos estados, tendo como responsabilidade auxiliar os governadores a fazer o trabalho necessário. “Pretendo que o BNDES volte a ser um banco de desenvolvimento e empreste dinheiro para que os governadores possam concluir obras que são inevitáveis para o estado. É esse o papel do BNDES, que voltará a ser um banco de desenvolvimento. O dinheiro que o BNDES captar deve ser repartido para investimentos com pequenas, médias empresas, governadores e prefeitos.”, afirmou Lula.
Por fim, Lula destacou que o Banco do Nordeste, entidade de fomento localizada em Fortaleza, que desembolsou cerca de R$ 50 bilhões a empresas da região em 2022, deve retomar os empréstimos aos governadores com contas em equilíbrio, chave para o desenvolvimento de diversos setores econômicos.