Os candidatos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) participaram neste domingo (16) daquele que foi o primeiro debate presidencial desse segundo turno. Com isso, o encontro foi organizado por um pool que compreendeu a TV Bandeirantes, TV Cultura, UOL e Folha de S. Paulo.
Com isso, no primeiro bloco, ambos os candidatos puderam realizar um confronto direto, cada um com 15 minutos, foram discutidas questões como a pandemia, o pagamento de auxílios como Bolsa Família, além do Auxílio Brasil e construções realizadas em outros governos.
Como foi o debate presidencial
Já no segundo bloco, Lula e Bolsonaro foram questionados por jornalistas. A primeira pergunta foi sobre a composição do Supremo Tribunal Federal, se ambos se comprometem a não realizar alterações na composição da corte.
Além disso, outros tópicos relevantes que pautaram as perguntas dos repórteres foram os preços de combustíveis, a divulgação de fake news, a acusação de pedofilia atribuída a Bolsonaro, além de claro a relação de ambos com o congresso.
Já no terceiro bloco, os candidatos responderam uma pergunta envolvendo educação durante o período da pandemia. Contudo, acabaram utilizando a maioria do tempo para trocar acusações envolvendo o tema de corrupção, ao fim apresentaram suas considerações finais.
Bolsonaro e Lula respondem sobre compra de deputados
Enquanto Bolsonaro negou ter comprado apoio do congresso com os dizeres: “Eu comprei com o orçamento? Eu vetei. Derrubaram o veto. Agora, se eu comprei, eu tenho voto. Vamos supor que o senhor seja deputado, se o senhor recebeu um dinheiro do orçamento secreto, o senhor vai votar comigo. É lógica, ou não é? Eu tenho aqui uma lista preliminar, 13 deputados do PT que receberam recurso desse tal orçamento secreto”.
“Eu não tenho nada a ver com esse orçamento secreto. Posso até entender que o parlamento trabalha melhor na distribuição de renda do que nós do lado de cá, o meu Ministério da Economia e o presidente”, completou o atual presidente.
Já Lula voltou a argumentar que criou os mecanismos que permitiram as investigações: “Se houve corrupção na Petrobras, prendeu-se o ladrão que roubou, acabou. Prendeu porque houve investigação, porque no nosso governo nada era escondido. A gente não tinha sigilo do filho, da filha, do cartão de crédito, das casas, nada. Era o Portal da Transparência e a Lei de Acesso à Informação”.
Aliado de Lula critica presença de Sérgio Moro
Marco Aurélio de Carvalho, aliado próximo do ex-presidente Lula (PT), criticou a presença do ex-ministro e agora senador eleito, Sérgio Moro (União Brasil) no debate. Segundo suas próprias palavras:
“A presença de Moro é um escárnio. Demonstração que ele não tem um pingo de autoestima. Foi escorraçado desse governo que ajudou a eleger, prestou serviços a Bolsonaro na condição de juiz e de ministro e agora o faz como senador. É uma piada”.
Moro chegou junto ao ex-secretário de comunicação Fabio Wajngarten. Moro ainda cumprimentou o presidente Jair Bolsonaro, com um abraço.
Ambos falaram para suas bases
Por fim, pode se afirmar que ambos os candidatos acabaram focando seus discursos em suas bases. Nesse sentido, mesmo quando teve quase 5 minutos para falar sozinho, Bolsonaro acabou optando por falar sobre questões que estão mais alinhadas a sua base e que dificilmente atinge os indecisos.