O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adiou para maio a primeira reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão. De acordo com informações reveladas pelo portal “G1” na noite desta segunda-feira (03), a ideia inicial era de que a reunião com o grupo, que conta com integrantes de diferentes segmentos da sociedade, ocorresse em 13 de abril.
Todavia, essa reunião foi adiada por conta da viagem de Lula para a China, que deve acontecer no próximo dia 11 de abril – por lá, o petista vai se encontrar com o presidente chinês Xi Jinping, em Pequim. Essa excursão estava marcada para março, mas uma broncopneumonia diagnosticada em Lula adiou a viagem.
Conforme o portal “G1”, por conta da excursão de Lula para a China, a primeira reunião do Conselhão ficará para 04 de maio. Assim como publicou o Brasil123, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, criado durante o primeiro mandado de Lula e descontinuado durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), foi retomado com o intuito de trair o eleitorado bolsonarista.
Segundo as informações, o Conselhão será formado por cerca de 200 representante e terá como foco “romper” o “cercadinho bolsonarista”. Nesse sentido, a ideia da gestão do atual chefe do Executivo é promover um conselho que reúna perfis diferentes da sociedade, contando tanto com aqueles que são afinados com a esquerda quanto com aqueles mais inclinados com a direita.
A lista de convidados para o Conselhão conta com atores de inúmeros setores diferentes. Dentre essas pessoas, existem aqueles que hoje atuam em meios que queriam a reeleição de Bolsonaro, como o agronegócio, da indústria, do mercado financeiro e do segmento bancário.
Nessa lista, existem representantes de inúmeras entidades como, por exemplo, Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Não suficiente, também constam na lista representantes de empresas importantes como Nubank, Itaú, BRF, Coteminas, Cosan, BTG, Magazine Luiza, Microsoft, Uber e Huawei.
Além de se aproximar com setores bolsonaristas, o governo Lula também espera, com o Conselhão, contemplar a pauta feminina. Nesse sentido, a informação é que, dos convidados, mais de 40% são mulheres. Não bastassem os representantes de segmentos da economia, o governo federal também convidou integrantes do Grupo Prerrogativas, conhecido pela posição contrária à Operação Lava Jato, líderes sindicais, ambientalistas, artistas e até mesmo trabalhadores de aplicativos de entrega.
Leia também: Na contramão do mercado: Lula acredita em crescimento superior do PIB