A Lojas Americanas alcançou não conseguiu apresentar uma disparada em suas finanças no último trimestre de 2020. A saber, a companhia ficou perto da estabilidade, avançando apenas 0,6% de outubro a dezembro do ano passado, na comparação com o trimestre anterior. Assim, atingiu um lucro de R$ 400,4 milhões no último trimestre do ano. Esse valor não ficou muito diferente dos R$ 398 milhões alcançados de julho a setembro. E a principal razão para a quase estabilidade nos dados foram as despesas operacionais.
Além disso, a receita da Lojas Americanas subiu 15% no período, chegando a R$ 7,43 bilhões. Já o volume bruto de vendas cresceu um pouco mais (18,4%), para R$ 13,49 bilhões. A saber, a companhia divulgou o balanço financeiro na noite de ontem (4).
Em suma, o que impediu um lucro mais expressivo nos últimos meses do ano foi a disparada de 27,5% das despesas operacionais. Aliás, o valor chegou a R$ 1,71 bilhão. E isso aconteceu, em especial, pelo avanço fenomenal de 108% das despesas gerais e administrativas. Também houve alta das despesas com vendas, mas de maneira bem menos intensa, chegando a 25,5%. Por fim, depreciação e amortização cresceu 15,6%.
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De acordo com a Lojas Americanas, o lucro cresceu no último trimestre, mas os gastos com vendas também avançaram. Além disso, houve despesas com marketing na plataforma digital, cujo objetivo era impulsionar o comércio online. Esses gastos foram parcialmente compensados pela economia vinda das plataformas físicas, como, por exemplo, renegociações de alugueis.
Outro dado trazido pela companhia foi o resultado financeiro líquido, que ficou negativo em R$ 245,6 milhões no trimestre. Em síntese, essa despesa líquida ficou menor que a registrada no mesmo período de 2019 (R$ 398,3 milhões), ou seja, o saldo acabou ficando melhor. E essa redução, segundo a Lojas Americanas, ocorreu devido à “otimização” da estrutura de capital.
Por fim, o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou a marca de R$ 1,10 bilhão. Esse valor corresponde a uma queda de 8,8% em relação ao último trimestre de 2019. Já o Ebitda ajustado recuou 5,5%, para R$ 1,23 bilhão.
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