O Banco Central (BC) revelou nesta segunda-feira (18) que o lucro dos bancos do país voltou a subir. De acordo com os dados divulgados, o sistema bancário brasileiro fechou o primeiro trimestre de 2021 com um lucro de R$ 62 bilhões.
A saber, esse montante representa uma disparada de 53% na comparação com o mesmo período de 2020. Isso aconteceu, porque a pandemia da Covid-19 afetou fortemente diversas atividades econômicas em todo o planeta, incluindo a bancária. Por isso que houve um forte crescimento do lucro, pois a base comparativa é bastante fraca.
“Os resultados tendem a seguir melhorando com o avanço da vacinação e com a recuperação da atividade econômica, mas as incertezas do atual momento econômico seguem acima do usual. Uma recuperação mais lenta da atividade pode prejudicar o cenário para a rentabilidade do sistema à frente”, explicou o BC.
Além disso, o Relatório de Estabilidade Financeira do BC também revelou que a rentabilidade dos bancos retornou ao nível pré-pandemia no semestre. O BC esclareceu que “a principal causa para a recuperação da rentabilidade é o menor volume de despesas com provisões”. Em resumo, provisões são recursos destinados para eventuais operações inadimplentes.
“Melhoras consistentes nas receitas com serviços e despesas administrativas crescendo abaixo da inflação também têm beneficiado a rentabilidade”, acrescentou o BC. Aliás, as expectativas indicam que não haverá “alteração significativa nas despesas com provisões no curto prazo”, pois a inadimplência está “sob controle” e a “materialização de perdas (está) aquém do esperado”.
Estabilidade financeira não sofre com risco relevante, diz BC
O BC também afirmou que “não há risco relevante para a estabilidade financeira”, segundo as análises realizadas. Em suma, o sistema bancário nacional até manteve as provisões elevadas, mas as “perdas esperadas com crédito se reduziram, a capitalização do sistema bancário melhorou, e a liquidez manteve-se confortável”.
“Esse desempenho está em linha com a evolução positiva da economia doméstica, em um período de recuperação parcial da confiança dos agentes econômicos e de avanço da campanha de vacinação”, disse o BC.
Por fim, o Banco Central explicou que o fundamentos econômicos do país “devem ditar as perspectivas para a estabilidade financeira”. De acordo com o BC, a “recuperação sustentável da economia” estará mais garantida com através do “processo de reformas” do país.
“Ainda há bastante incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia. Isso porque há risco de disseminação de novas variantes do SARS-CoV-2, dificuldade para algumas cadeias produtivas obterem insumos, além de eventuais implicações da crise hídrica”, disse o BC.
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