O setor bancário do país tem muito o que comemorar. A saber, os grandes bancos do Brasil registraram um lucro de R$ 81,6 bilhões em 2021. Isso representa um crescimento de 32,5% na comparação com o ano anterior (R$ 61,6 bilhões).
Esse é o maior valor nominal já registrado em um ano, sem considerar a inflação. O lucro superou o antigo recorde, alcançado em 2019 (R$ 81,5 bilhões). A propósito, o levantamento foi realizado pela provedora de informações financeiras Economatica e divulgado nesta terça-feira (15).
Embora o valor nominal tenha sido o maior da história, o lucro em 2021, após ajustes pela inflação, ficou na quarta posição na série histórica. O valor não superou os resultados de 2019 (R$ 93,7 bilhões), 2015 (R$ 84,3 bilhões) e 2018 (R$ 82,8 bilhões).
Entre os bancos, o maior lucro veio do Itaú Unibanco (R$ 24,98 bilhões). Este foi o segundo maior resultado nominal de um banco brasileiro de capital aberto, atrás apenas do desempenho do próprio Itaú em 2019 (R$ 26,5 bilhões).
Já o Bradesco fechou o ano com um lucro de R$ 21,9 bilhões, crescimento de 32% em relação a 2020. O Banco do Brasil ocupou a terceira posição no ranking, com um valor nominal de R$ 19,7 bilhões em 2021, disparada de 55,2% em um ano. Por fim, o Santander teve um lucro de R$ 14,98 bilhões no ano passado.
Veja detalhes da metodologia utilizada para definir os lucros
Em suma, a Economatica utiliza como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para reajustes dos comparativos de lucro líquido. A saber, esse indicador é considerado a inflação oficial do país e encerrou 2021 em alta de 10,06%, maior avanço em seis anos.
De acordo com o levantamento, os bancos conseguiram registrar lucros expressivos no ano passado devido a três fatores principais. O primeiro deles foi o avanço das carteiras de créditos. Ao mesmo tempo, os bancos reduziram as despesas com provisões de crédito. Além disso, as instituições financeiras aumentaram as receitas de prestação de serviços.
E tudo isso ocorreu em meio ao avanço dos juros no Brasil, que também impulsionam as taxas praticadas pelo setor bancário.