O Magazine Luiza encerrou o quarto trimestre de 2021 com um lucro de R$ 93 milhões. Esse valor representa um tombo de 57,6% na comparação com o mesmo período de 2020 (R$ 219 milhões). No entanto, a maior varejista do Brasil conseguiu acumular um lucro de R$ 590,7 milhões, crescimento de 50,8% em relação a 2020
De acordo com o Magazine, os principais fatores para o fraco resultado trimestral foram o aumento das despesas com marketing e a desaceleração das vendas devido ao cenário macroeconômico do país. Em suma, a inflação cada vez mais alta vem pressionando o Banco Central (BC) a elevar a taxa de juros do país. E a consequência disso é a redução do poder de compra do consumidor.
A receita líquida da empresa também seguiu esta mesma trajetória. No acumulado trimestral, em relação ao mesmo período de 2020, o indicador encolheu 6,6%, para R$ 9,4 bilhões. Por outro lado, no acumulado de todo o ano passado, a receita do Magazine Luiza cresceu 19% na comparação com 2020, totalizando R$ 42,98 bilhões.
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Embora o lucro tenha despencado, o Magazine revelou que as vendas totais, incluindo lojas físicas, e-commerce com estoque próprio e marketplace, cresceram 4,1% no quarto trimestre, na base anual, para R$ 15,54 bilhões. Em resumo, isso ocorreu graças ao e-commerce, que continua se destacando.
No acumulado anual, as vendas totais saltaram 27,8% em relação a 2020. Em contrapartida, as vendas totais nas lojas físicas caíram 18,4% entre outubro e dezembro, no comparativo anual. Contudo, em todo o ano passado, o indicador cresceu 5,8%.
Segundo o Magazine, as vendas digitais totais tiveram alta de 16,9% no quarto trimestre, impulsionando as vendas totais da varejista no período. Aliás, o segmento expandiu em 7,8 pontos percentuais (p.p.) sua participação no volume bruto de mercadoria total, para 71,6%. Já no consolidado do ano passado, as vendas digitais dispararam 39,4%.
Por sua vez, o marketplace saltou 60% no último trimestre, na base anual. No acumulado do ano, o crescimento chegou a 68,8% em relação a 2020.
Por fim, o Ebitda, que representa os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, ficou negativo em R$ 7,9 milhões no quarto trimestre. No mesmo período de 2020, o indicador havia registrado ganhos de R$ 504,7 milhões. Com isso, a margem Ebitda caiu 5,1 p.p..
No acumulado anual, o Ebitda despencou 15,7%, para R$ 1,28 bilhão, enquanto a margem ficou em 3,6%, queda de 1,6 p.p.
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