O Magazine Luiza não registrou dados muitos positivos no terceiro trimestre. A saber, a maior varejista do Brasil teve um lucro ajustado de R$ 22,6 milhões entre julho e setembro deste ano. Isso corresponde a um expressivo tombo de 89,5% na comparação com o mesmo período de 2020, quando o lucro totalizou R$ 215,9 milhões.
De acordo com a empresa, dois principais fatores pesaram fortamente para o forte recuo anual: aumento das despesas com marketing e desaceleração das vendas devido ao cenário macroeconômico do país.
Em resumo, a pandemia da Covid-19 afetou todo o planeta, especialmente as atividades que requeriam maior contato físico. Lojas físicas de diversos segmentos fecharam suas portas nos últimos tempos. Contudo, o avanço da vacinação contra a Covid-19 permitiu o abrandamento das medidas restritivas de circulação de pessoas e começou a mudar esse cenário.
Como o Magazine sofreu com o menor movimento de consumidores no ano passado, decidiu investir grandes recursos no marketing para atrair clientes. A propósito, as despesas operacionais ajustadas da empresa corresponderam a 20,6% da receita líquida no terceiro trimestre, alta de 1,1 ponto no comparativo anual.
Já em relação à cena econômica doméstica, o Magazine destacou que a população vem enfrentando muitos desafios atualmente. “A performance das lojas físicas foi impactada pela piora dos indicadores macroeconômicos como o aumento da inflação e da taxa de juros“, disse a varejista.
Veja mais detalhes do desempenho do Magazine no trimestre
Embora o lucro tenha despencado, o Magazine revelou que as vendas totais, incluindo lojas físicas, e-commerce com estoque próprio e marketplace (3P), dispararam 12% no comparativo anual. Assim, totalizaram R$ 13,8 bilhões no final de setembro graças ao forte avanço de 22% do e-commerce. Em contrapartida, as vendas nas lojas físicas caíram 8%.
Esse resultado indica o crescimento da participação dos canais digitais do Magazine nos últimos tempos. A saber, a margem bruta ajustada da empresa recuou 1,5 ponto percentual em 12 meses, para 24,7%. No entanto, a varejista afirmou que teve ganho de participação de mercado no trimestre.
Já o Ebitda, que representa os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, ajustado totalizou R$ 351 milhões. Isso corresponde a um tombo de 37,5% em relação ao mesmo período de 2020. Por sua vez, a margem Ebitda recuou de 6,8% no terceiro trimestre de 2020 para 4,1% no mesmo trimestre deste ano.
Por fim, o grupo ainda revelou que as transações processadas por seu braço financeiro totalizaram R$ 18,5 bilhões entre julho e setembro, disparada de 98,5% em um ano. Da mesma forma, a base de cartões de crédito cresceu no período (+33,3%), somando 6,6 milhões de cartões. Já o saldo de caixa ajustado atingiu R$ 9,1 bilhões no período.
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