Os preços do petróleo iniciaram a semana em queda. Na verdade, a commodity vem perdendo força nos últimos dias devido a possível desaceleração econômica da China. E isso pesou novamente no pregão desta segunda-feira (25), derrubando os preços do petróleo.
A saber, o barril Brent, que é a referência mundial, caiu 4,1% e fechou o dia cotado a US$ 102,32 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Já o barril de petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, recuou 3,5% no pregão, para US$ 98,54 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Embora tenham caído fortemente na sessão, o Brent ainda acumula uma valorização de 28,9% em 2022, enquanto o WTI tem ganhos de 27,9%. A propósito, a guerra entre Rússia e Ucrânia impulsionou os preços internacionais do petróleo, e os impactos continuam sendo sentidos pela população brasileira.
Em resumo, a Petrobras reajustou em 24,9% o preço do litro do diesel nas refinarias do país e em 18,8% o preço da gasolina. Isso aconteceu devido à disparada do petróleo, cujo barril chegou a se aproximar dos US$ 140 em março. E não há expectativas para a redução dos preços dos combustíveis, uma vez que o petróleo segue caro, acima dos US$ 100.
Surtos de Covid-19 na China provocam lockdowns
Nos últimos dias, os surtos de casos do novo coronavírus, provocados pela variante Ômicron, vêm aumentando os lockdowns na China. A saber, o governo de diversas cidades, como Xangai, que confinou cerca de 25 milhões de habitantes.
Aliás, um efeito colateral dos lockdowns é a desaceleração econômica, e isso já vem sendo registrado na China. É justamente isso que está derrubando os preços do petróleo nas últimas semanas. Em suma, a China é o maior importador global de petróleo do planeta, ou seja, quanto menor for a expectativa de crescimento econômico, menor tende a ser a compra de petróleo.
Por fim, o resultado de hoje fez os barris de petróleo caírem para as menores cotações em duas semanas. Para que a situação mude, a situação sanitária da China precisa melhorar e os lockdowns diminuir. Caso contrário, a commodity não deverá voltar a subir tão cedo.
Leia Também: Empresários industriais sofrem com a falta e o alto custo de insumos