Vários estados do Brasil estão neste momento em lockdown parcial ou pelo menos planejando paralisações pelo Brasil. É isso o que os especialistas em saúde pública estão pedindo. Mas os especialistas em economia estão em alto nível de preocupação.
É que ao mesmo tempo em que o Brasil está fechando as atividades, o auxílio emergencial ainda não chegou. E quando ele chegar, não vai ser para todo mundo. O Planalto já avisou que vai pagar o novo auxílio para cerca de 47 milhões de pessoas.
Isso é portanto bem menos gente do que os quase 70 milhões que receberam a primeira parcela do auxílio ainda em 2020. Dessa forma, dá para imaginar que muita gente vai ficar sem receber o auxílio e também não vai poder trabalhar.
Imagine, por exemplo, um vendedor de pipocas que trabalha na frente de uma escola. Se essa for a única renda dele, a situação se complica. Isso porque a grande maioria das escolas estão fechadas. Em alguns casos, ele não vai poder nem vender para ninguém.
Lockdown sem auxílio
De acordo com o economista Carlos Alberto Sardenberg, o lockdown é uma medida importante. Mas ele disse também que aplicar o lockdown sem nenhum tipo de auxílio para a população mais pobre pode ser uma medida ruim para a população.
O médico Gerson Salvador, que é especialista em infectologia e saúde pública concorda. “A mesma caneta que assinar decreto de restrição total deve prover suporte aos vulneráveis. Muito mais pessoas morrem pela pandemia e por suas consequências pelo atraso nas medidas”, disse ele.
Debate
Esse não é um debate novo. Desde o começo da pandemia por aqui, o balanceamento entre as questões econômicas e de saúde pública sempre foram alvo de discussão. Mas a segunda onda elevou o debate para um outro nível no país.
E você? O que pensa sobre o assunto?