Nesta quinta-feira, 28, foi divulgada pelo IGP-M, a lista dos aluguéis mais caros do Brasil. Isso porque, após ter uma queda de 0,64% no mês de setembro, o índice voltou a crescer neste mês de outubro com uma alta também de 0,64%.
Desta forma, foi acumulada uma alta de 16,74% no ano e de 21,73% em 12 meses. Com a ajuda da Fipezap, foi feito um levantamento para apurar as cidades brasileiras que cobram o aluguel mais caro, considerando imóveis de 70 m². Observe:
- São Paulo: Aumentou de R$ 2.748 para R$ 3.345 em 12 meses;
- Recife: Aumentou de R$ 2.400 para R$ 2.921 em 12 meses;
- Brasília: Aumentou de R$ 2.327 para R$ 2.833 em 12 meses;
- Rio de Janeiro: Aumentou de R$ 2.209 para R$ 2.689 em 12 meses.
Incidência do IGP-M no aluguel
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) foi criado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e é divulgado mensalmente. Este medidor já registrou diversas altas expressivas desde o ano passado, sendo que o acumulado supera o dobro do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do Brasil.
Desta forma, a renovação dos contratos de aluguel com base neste indicador tem afetado expressivamente os inquilinos, especialmente em meio à atual crise econômica. Essas pessoas são regidas pela Lei do Inquilino, em vigor desde 1991. Ela estabelece que os locatários têm o direito de reajustar o valor pago pelo aluguel anualmente, a partir do mês de vencimento do contrato.
Por outro lado, a lei não estabelece qual deve ser a variação acumulada no decorrer de 12 meses do IGP-M, nem mesmo qual valor deve ser usado como base no reajuste. Isso porque, essa escolha fica a critério do locatário com a possibilidade de uma negociação direta com o inquilino.
De acordo com o coordenador dos Índices de Preços do FGV Ibre, André Braz, o IGP-M se consolidou como a principal referência para os reajustes em virtude da grande adesão. Esta escolha ocorreu em virtude de diversos fatores, um deles se refere à necessidade dos locatários encontrarem um percentual que fosse divulgado próximo ao início do mês, data comum para o vencimento dos contratos.
“Originalmente, o IGP-M foi desenvolvido para ser deflator do PIB, porque monitora o comportamento dos preços ao produtor no agro e indústria, ao consumidor e à construção, três setores importantes no cálculo do PIB”, disse Braz.