O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou em entrevista concedida à Globo News nesta terça-feira (23), que não vê resistência entre os deputados em transformar o Auxílio Brasil em benefício social permanente.
A saber, a PEC dos Precatórios, já aprovada na Câmara e que está em tramitação no Senado, abre espaço fiscal para o pagamento desse benefício de forma provisória, e os senadores avaliam torná-lo permanente. Dessa forma, o texto teria que retornar à Câmara.
De acordo com Lira, uma outra alteração proposta pelos senadores é criar uma comissão de avaliação de pagamento de precatórios no Congresso e que também poderá ser aprovada facilmente pelos deputados.
Alinhamento com a PEC dos Precatórios
Arthur Lira pontuou o contato com o relator da proposta para viabilizar o Auxílio Brasil:
“Na realidade, estamos em conversas permanentes com o relator da PEC no Senado, o senador Fernando Bezerra. Há conversas normais sobre aprimoramento no texto”.
Lira também reafirmou que não vê espaço para dar aumento salarial aos servidores públicos, caso a PEC dos Precatórios seja aprovada.
Segundo ele, se o governo quiser dar aumento ao funcionalismo, deverá cortar despesas discricionárias.
“Se o governo quiser dar aumento, vai ter que cortar seu orçamento discricionário. Na PEC dos Precatórios, não foi apresentada à Câmara nenhuma possibilidade de ter compensação ou abertura para pagamento de funcionário público”, explicou.
Combate à fome
Em outra ocasião, em entrevista concedida à CNN, Lira destacou que a fome é o maior problema econômico do Brasil.
“É muito fácil cobrar o teto de gastos, e sempre o defendi em todos os momentos. Mas nós melhoramos a situação sanitária, e os rebotes da pandemia estão aí. Inflação nos alimentos, nos combustíveis, falta de matérias-primas. Estamos com um problema econômico sério para ser resolvido, mas o pior deles ainda é a fome. Há 20 milhões de famílias brasileiras literalmente passando fome”, disse.
Diante desse cenário, o presidente da Câmara ressaltou a importância da análise da proposta, quando ainda seria avaliada pelos deputados.
“Esse assunto não merece ser politizado. É importante que a gente mantenha os ânimos calmos, serenos”, propôs.
Com informações da Agência Câmara de Notícias
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