Arthur Lira, presidente da Câmara de Deputados, afirmou nesta sexta-feira (12) que a Câmara cumpriu com o seu dever e viabilizou a volta do auxílio emergencial. Ao todo, foram três dias intensos de votações que foram transmitidas através do Poder 360 e que, na madrugada de hoje (12), permitiram a aprovação. Houve apenas a alteração em relação ao aumento dos cargos e salários que foi uma exigência imposta pelos policiais a Jair Bolsonaro.
Anteriormente, era previsto o congelamento do aumento de salários e cargos juntamente com a possível redução de até 25% do que recebiam mensalmente. Ou seja, a cada R$ 1000, haveria a retirada de R$ 250. Muitos servidores públicos, inclusive policiais, sentiram-se desvalorizados com o ato e ameaçavam o país com greves.
A proposta constitucional permite que o governo possa fornecer uma nova leva do auxílio emergencial para a população, injetando cerca de R$ 44 bilhões na economia. Mas, como esse valor não poderia sair do zero, houve cortes em relação a saúde, educação e, como citado anteriormente, aos salários. Houve algumas tentativas para que se retirasse até mesmo o teto mínimo de gastos com as universidades e escolas, mas não foram aprovadas.
“É mais uma ação concreta, prática, de que a união de esforços entre todos os poderes e todas as forças – apesar de todas as diferenças – é o único caminho para darmos as respostas que o povo brasileiro espera de nós”, afirmou Lira.
Quando o auxílio emergencial deve voltar?
De acordo com suposições de Arthur Lira, ele deve voltar ainda neste mês com o valor de R$ 150 a R$ 350 mensais. O planejado é que as mulheres que são mães de família solo consigam receber uma parcela maior que o restante da população. Em média, cada beneficiário deve receber a soma de R$ 1000.
Vale ressaltar que aqueles que receberam o benefício no ano de 2020 mas não tinham direito a ele, devem fazer a devolução do valor em sua íntegra. Não será cobrado multas ou juros sobre o valor. Outro ponto é que aqueles que não devolverem podem sofrer com processos de estelionato que rendem até 5 anos de prisão.
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