Assim como relatou o Brasil123, um episódio incomum foi registrado na noite de quarta-feira (10) durante uma sessão da Câmara Municipal de São Paulo: duas vereadoras, ambas do partido Novo, brigaram dentro do banheiro do Casa.
De acordo com as principais lideranças da câmara, o episódio não passará impune. Nesse sentido, informou o jornal “Folha de S.Paulo”, a mais prejudicada nesta história pode ser a vereadora Janaína Lima, de 37 anos, que é acusada de ter agredido sua colega Cris Monteiro.
Isso porque, para essas lideranças, Janaína deve receber um “cartão vermelho”, isto é, ser cassada, perder seu mandato. O motivo, de acordo com essas pessoas, é que ela é mais nova e teria agredido uma pessoa mais velha e frágil: Cris Moreira tem 60 anos.
Após o fato, Janaina Lima foi ao plenário e discursou normalmente. Já Cris Monteiro, demonstrando abalo físico e emocional, precisou ser socorrida e teria perguntado aos colegas quais providências ela deveria tomar.
Depois das agressões, as duas vereadoras registraram boletins de ocorrência explicando, sob suas óticas, como aconteceram as agressões no banheiro da Câmara. Nas redes sociais, as duas divulgaram fotos a fim de comprovar que foram agredidas.
Versão da vereadora não foi bem vista
Ainda conforme aponta a “Folha”, os vereadores não compraram muito bem a versão de Janaina Lima, que afirmou que agiu em legítima defesa – nem mesmo aqueles que a ouviram na sequência do episódio.
Com isso, a maioria dos vereadores, tanto os de esquerda, quanto os de direita, manifestaram solidariedade a Cris Monteiro, colocando-se à disposição para auxiliá-la nas medidas cabíveis.
“Fui agarrada, jogada no chão e segurada pelo pescoço. Tive minha peruca arrancada e pisoteada [Cris tem alopecia]. Quando caí no chão do banheiro da Câmara o barulho foi tão ensurdecedor que a GCM [Guarda Civil Metropolitana] teve que arrombar a porta e me resgatar aos prantos do chão!”, escreveu Cris Monteiro em sua conta nas redes sociais.
O que vem por aí
Segundo a Câmara, inicialmente, a corregedoria da Casa ira apurar o ocorrido. Depois disso, serão discutidas as possíveis sanções. Nesse sentido, uma eventual cassação precisaria ser votada no plenário, por todos os vereadores.
Nesta quinta-feira (11), as duas vereadoras foram suspensas pelo partido Novo até que a apuração seja concluída. Importante destacar que esse fato não impede que elas exerçam normalmente seus mandatos.
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