Carlos Portinho (PL), senador que desempenha o papel de líder do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Senado, afirmou nesta segunda-feira (14) durante entrevista ao canal “CNN Brasil”, que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer “resolver quatro anos em um mês”.
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A declaração do senador aconteceu enquanto ele comentava sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição que tem como foco autorizar o governo de Lula a furar o teto de gastos e conseguir, desta forma, conseguir cumprir algumas propostas de campanha, como a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600.
“O governo ainda nem começou, a legislatura e o próprio mandato são a partir de 2023, e parece querer resolver quatro anos em um mês. Não são as promessas de campanha que estamos aqui para avalizar, e muito menos no prazo imediato”, afirmou durante a entrevista o líder do governo Bolsonaro.
Em outro momento, o senador, todavia, ressaltou que é a favor da aprovação do valor de R$ 600 para o Auxílio Brasil, que voltará a ser chamando de Bolsa Família a partir do próximo ano. Além disso, ele afirmou que está disposto a discutir o aumento do salário mínimo acima da inflação fora do teto de gastos, como vem defendendo outra peça importante da gestão Bolsonaro, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP).
Apesar disso, Carlos Portinho, criticou o que ele chama de “cheque em branco” ao se referir ao valor da PEC, cobrando, desta forma, a divulgação de que quem será o ministro da Economia do governo Lula para, que assim, esse chefe da pasta possa esclarecer sobre os impactos das propostas.
“Agora, com R$ 170 bilhões fora do teto e liberando ainda mais R$ 100 bilhões previsto no Orçamento para um Auxílio Brasil de R$ 400, é um cheque em branco. Na verdade, é um cheque sem nenhum aval, porque não sabemos nem que é o ministro da Economia”, afirmou o senador.
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