A partir de terça-feira (11), o WhatsApp permitirá que os usuários brasileiros comprem produtos e serviços diretamente no aplicativo de mensagens.
Dessa forma, os pagamentos serão feitos no chat após o cadastro dos dados bancários.
Entretanto, o serviço será voltado inicialmente para pequenos comerciantes e será implementado aos poucos.
Saiba todos os detalhes sobre essa nova função do WhatsApp a seguir.
Pagamento direto pelo WhatsApp
A Meta anunciou em meados de 2020 a adição da função de transferências de recursos e pagamentos pelo WhatsApp, quando ainda era chamada de Facebook.
Contudo, a ferramenta foi prontamente bloqueada pelo Banco Central (BC) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
As autoridades estavam preocupadas com os possíveis impactos no sistema de pagamentos do país, como concorrência, eficiência e privacidade de dados, além da necessidade de licenças regulatórias. O Cade suspendeu a ferramenta, mas dias depois retirou a suspensão.
Desse modo, o BC permitiu transferências entre indivíduos somente em 2021 e pagamentos em março deste ano. Enquanto isso, o Pix, serviço de pagamentos instantâneos do BC, foi lançado e se tornou popular no Brasil, oferecendo também transferências gratuitas entre indivíduos e pagamentos.
Complemento do Pix
Guilherme Horn, chefe do WhatsApp na América Latina, afirmou à Reuters que vê o “pagamento pelo WhatsApp como complementar ao Pix”, e que o aplicativo planeja incorporar a modalidade de pagamento do Banco Central em seu sistema no futuro.
Inicialmente, o WhatsApp permitirá o uso de cartões de débito, crédito e pré-pago.
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Como usar a nova função do WhatsApp?
Primeiramente, os usuários deverão cadastrar suas informações bancárias na seção “pagamentos” do aplicativo do WhatsApp para efetuar compras, com aproximadamente 15 bancos disponíveis. Depois disso, será possível fazer o pagamento diretamente no chat com a empresa.
Ademais, em relação à segurança, Guilherme Horn afirmou que as bandeiras Visa e Mastercard, parceiras do WhatsApp no negócio, serão responsáveis pela tokenização dos cartões, ou seja, criarão uma representação digital que será armazenada.
Se houver alguma mudança no celular, como a troca de números ou chip, o processo de cadastramento precisará ser repetido.
Vale ressaltar que a tokenização substitui as informações confidenciais, sem expor dados sensíveis da conta, o que reduz o risco de possíveis golpes.
Além disso, o usuário terá uma senha para usar a função de pagamentos do WhatsApp. Esta senha pode ser substituída por impressão digital ou reconhecimento facial.
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Início lento
Em um primeiro momento, a opção de venda estará disponível apenas para alguns negócios específicos que usam o WhatsApp Business, uma versão do aplicativo voltada para fins comerciais.
Além disso, o WhatsApp Business API, que é uma versão mais completa e paga destinada a empresas de maior porte, não será incluído na modalidade de pagamentos por enquanto.
Dessa forma, a estratégia do WhatsApp para o lançamento do produto é focar em pequenos empresários, uma vez que o Banco Central não estabeleceu limites nesse sentido.
Não há limite de valores
O responsável pelo aplicativo de mensagens na América Latina afirmou que não haverá limites de valor para os pagamentos dos usuários em um determinado período, e que esse processo será regulado pelos bancos.
Além disso, os usuários não poderão impor limites às próprias compras.
Ademais, o WhatsApp cobra uma taxa das adquirentes, que repassam parte dessa taxa aos clientes. Apesar de o percentual não ter sido divulgado, Estanislau Bassols, da Cielo, afirmou que o serviço é competitivo. Ele também ressaltou que poucas soluções são tão abrangentes em termos de público, atingindo empresas de diferentes tamanhos e segmentos da mesma forma eficiente.
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