Letícia Cazarré relembrou, em entrevista para a revista Marie Claire, nesta quarta-feira (21), o momento de tensão que passou com a filha, Maria Guilhermina, no Instagram. A bebê foi diagnosticada com Anomalia de Ebstein e permaneceu internada por cerca de sete meses.
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“A Guilhermina ficou na UTI durante 25 dias e mais duas semanas se adaptando para poder sair. O momento mais difícil aconteceu com 40 dias de vida. A saturação dela começou a cair muito, a médica estranhou e e falou: ‘Interna.’”, começou ela, revelando que depois o procedimento Maria estava bem, mas depois tudo começou a piorar.
Maria Guilhermina teve um choque anafilático e os médicos foram rápidos em socorrê-la: “Mas, à tarde, a frequência cardíaca começou a aumentar muito, chegou a 230 batimentos por minuto. Ela dormiu com a medicação, mas acordou 20 minutos depois, chorando, e vi ela estava ficando vermelha, roxa, o lábio começou a inchar e o olho começou a virar. Gritei pelos médicos”.
“Ela foi entubada, o coração começou a parar e começaram a fazer massagem cardíaca. Nessa hora, uma das médicas disse pra mim: ‘Letícia é melhor você sair.’ Falei: ‘Eu já estou longe dos meus outros quatro filhos, aconteça o que acontecer quero ficar com ela aqui’”, continuou ela, que diz que os profissionais pediram que ela chamasse Juliano para se despedir: ” Isso é o que acontece quando eles acham que o bebê vai morrer. Tiveram que abrir o pescoço dela de emergência para ‘canular’, o que causou uma lesão muito grande. A gente se despediu sem saber se ela iria sobreviver. O mais provável era que não”.
Letícia revela o milagre
Após horas de tensão, Letícia diz que recebeu o pedido de ir até o centro cirúrgico: “Pedi para me avisarem quando ela entrasse na UTI para que pudesse vê-la. Não sei o que passou na cabeça dela, mas em vez dela me acordar e dizer: ‘Foi tudo bem’, ela disse: O médico está te chamando na porta do centro cirúrgico”.
“Na hora pensei, ‘ela não resistiu’. Subi os lances de casa com a perna tremendo. Era madrugada, sentei na escada e fiquei lá em choque. O médico apareceu e veio vindo perto de mim, me olhou e disse que nunca tinha me visto assim, eu sempre estava muito firme. Ele pegou no meu ombro e falou ‘ela tá bem. Amoleci e respirei fundo pela primeira vez”, contou a bióloga.
Segundo Letícia, mãe de quatro filhos, ela apenas voltou a si quatro dias depois: “Aos poucos, ela foi voltando o lado esquerdo, porque ficou com uma lesão, e enquanto isso o lado direito ainda todo paralisado, o braço muito endurecido. Ela sentia muita dor e só começou a ter os primeiros sinais de movimento no pé direito 15 dias depois. Foi tudo muito lento. Acho que com a minha a fé, a ajuda dos amigos, da minha família consegui me manter tranquila. A única coisa que posso fazer é estar do lado dela”.
Maria Guilhermina segue internada
Após receber alta do hospital, Maria Guilhermina ficou em casa por um período de tempo, mas voltou para o hospital em 15 de março: “No dia 15 de março, a levamos para realizar a trocar da cânula da traqueostomia, que precisa fazer a cada dois meses. Dessa vez, ela também fez a retirada da sonda da gastrotomia da barriga para substituí-la por um botãozinho que vai facilitar na hora de ela se alimentar”.
“Mas parece que ela já estava com uma infecção silenciosa vinda de casa, e no dia que internou para fazer o procedimento, vi que não estava no normal dela, estava aérea. Ela sente, fica desestabilizada. Ao longo da tarde, a febre foi subindo, entraram com antibiótico. No dia seguinte ela teve um episódio de convulsão e seguiu internada para fazer exames neurológicos”, informou ela, pontuando: “Ela teve muita instabilidade na saturação, frequência cardíaca, corporal, temos cuidar dela momento a momento para não entrar em um quadro de choque séptico, que é muito pior para reverter”.
“Quero vê-la livre de tudo isso, que ela possa ter uma vida normal. É o meu maior sonho”, finalizou ela.
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