O ator americano Leonardo DiCaprio, engajado em causas ambientais, postou em suas redes sociais dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que os alertas de desmatamento na Amazônia caíram 67,9% em abril deste ano em relação ao mesmo mês de 2022.
Vale destacar que, a comparação mostra que a Amazônia sofreu mais danos no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Além disso, o desastre ambiental não ficou limitado à Amazônia. Pantanal, Cerrado, Mata Atlântica e até as reservas marinhas foram afetadas, conforme os dados compilados pelo Observatório do Clima.
Afirmações de Leonardo DiCaprio
Em uma publicação no Instagram, o ator compartilhou uma montagem que indica queda no desmatamento neste ano. Na legenda, Leonardo DiCaprio afirma:
Muitos estão dando algum crédito ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pois ele começou a restabelecer políticas para proteger a Amazônia e os direitos indígenas após assumir o cargo. O presidente anterior Jair Bolsonaro os enfraqueceu e o desmatamento atingiu seu nível mais alto em 15 anos sob sua administração.
Vale lembrar que não é a primeira vez que DiCaprio elogia o presidente Lula. Em maio, o ator parabenizou o governo brasileiro pela demarcação de seis terras indígenas, dizendo:
Em uma vitória para os direitos indígenas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a demarcação de seis terras indígenas. Esse progresso ocorreu depois que o governo anterior não apenas paralisou as demarcações, mas violou os direitos dos povos indígenas do país.
Gestão de Bolsonaro e Amazônia
Entre 2019 e 2022, sob o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), 35.193 quilômetros quadrados da floresta amazônica foram desmatados. A área é maior do que os estados de Sergipe e Alagoas juntos. Comparado com os quatro anos anteriores, o aumento é próximo a 150%.
Vale ressaltar que 80% da área florestal desmatada no ano passado pertencia ao governo federal. Nessas regiões, os níveis de dano aumentaram 2% em relação a 2021. Apenas 11% do desmatamento ocorreu em terras estaduais, mas foi lá que ocorreu o maior salto de danos de um ano para o outro.
De acordo com especialistas, o desmatamento da Amazônia se consolidou após a expansão agropecuária fortemente presente no governo Bolsonaro, impulsionada pelo enfraquecimento da fiscalização e o incentivo ao agronegócio predatório.
Papel de Lula no combate ao desmatamento
Desde o início de seu terceiro mandato, o presidente Lula prometeu acabar com o desmatamento na Amazônia até 2030, bem como garantir a sobrevivência de seus 28 milhões de habitantes.
Para isso, o governo realiza uma série de ações, entre elas as inscrições para o Diálogo Amazônico, promovido pela Secretaria-Geral. O evento faz parte da programação da Cúpula da Amazônia, que acontecerá no mês de agosto em Belém (PA).
O encontro reunirá os chefes de Estado dos países pertencentes à Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), visando promover o desenvolvimento da Amazônia, de forma que ações comuns gerem resultados justos e mutuamente benéficos para o desenvolvimento sustentável.