Passada a semana em que os Estados Unidos, novamente, se viu refém de ataques de tiros na cidade do Texas, políticos democratas e republicanos se mostraram dispostos a conversarem sobre a lei sobre posse de armas, porém existe uma baixa expectativa para resolução de consenso sobre o tema.
O assassinato de 19 crianças e dois professores em uma escola em Uvalde, no Texas, serviu para reacender um embate que existe há décadas nos Estados Unidos. O caso da última semana entrou para uma longa lista de ataques a tiros dentro de instituições de ensino pelo país e levanta debates entre diferentes grupos políticos sobre a lei que libera o uso de armas no país.
O que democratas e republicanos acham sobre a lei de posse de arma?
Diante de tanta comoção pelo que aconteceu na escola, partidos se mostraram dispostos a conversar sobre o assunto novamente.
Os democratas defendem certas medidas a fim de dificultar o acesso de compras de armas numa tentativa de evitar que esses produtos caiam em mãos erradas. Dentro do partido a pauta ganha apoio e comoção, já que o partido enxerga que a proliferação das armas é a grande causadora dos assassinatos em massa dentro do país.
Já pelo lado dos republicanos a coisa é um pouco diferente. O partido republicano enxerga a posse de armas como um direito fundamental consagrado pela Constituição americana e rejeita qualquer proposta que afete este assunto.
Nesse sentido, na visão do partido republicano e de seus eleitores, a melhor medida a ser tomada é viabilizada pelo aumento de repasse de dinheiro às instituições de ensino pelo país, para que as mesmas apliquem este recurso na segurança interna.
O governo do Texas e a posse de armas
O senador do Texas, John Cornyn, disse em um discurso que não é de seu interesse voltar nos mesmos pontos, velhos e cansados, da discussão sobre aumentar a dificuldade de acesso à posse de armas na região.
Em outro sentido, o senador Murphy, de Connecticut, será o responsável por liderar as conversas pelo lado dos democratas. Embora tenha prometido se dedicar em busca de avanços, o senador disse que não tem expectativa de que seu pedido seja acatado.
Para promover qualquer mudança na lei sobre posse de armas, é necessário juntar ao menos 60 votos no Senado, o que significa que pelo menos dez republicanos teriam que apoiar possíveis medidas de maior controle sobre a legislação. Nesse sentido, o senador disse que não se encontra com grandes esperanças para realizar tal feito.