Os trabalhos das forças-tarefa da Operação Lava Jato nos estados do Paraná e do Rio de Janeiro foram prorrogados, informou a Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta segunda-feira. Dessa forma, as atividades dos procuradores do Paraná serão estendidas até outubro do ano que vem. Já no Rio, as tarefas foram postergadas até o fim de janeiro de 2021.
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Segundo a decisão da PGR, a Lava Jato no Paraná terá que atuar em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), unidade de combate à corrupção criada há quatro meses. Sendo assim, 19 integrantes do Ministério Público Federal (MPF) passam a cuidar dos mais de 400 casos em apuração.
A situação não se repetirá, por ora, com relação ao Rio de Janeiro. Isso porque a Procuradoria ainda trabalha para fazer com que a unidade do MPF passe a contar com uma unidade do Gaeco com o objetivo de garantir a integração entre os grupos.
Atuação do Gaeco na Lava jato
Na prática, explicou a PGR em nota, os integrantes do Gaeco passam a atuar também nos casos da Lava Jato, pois a atuação conjunta entre forças-tarefa e Gaeco faz parte de uma transição iniciada pela PGR.
Ainda de acordo com a entidade, a ideia é que, a longo prazo, sejam criadas novas unidades de combate à corrupção no Ministério Público Federal, chamadas de novos ofícios, que a longo prazo passem a assumir o acervo da operação.
Lava Jato cumpre mandado no RJ
A (PF) cumpriu nesta segunda-feira mandados de busca e apreensão contra Júlio Lopes, ex-deputado federal e ex-secretário de Transportes do estado do Rio de Janeiro, em mais uma etapa da Lava Jato.
Segundo as informações, agentes da Delegacia contra a Corrupção e Crimes Financeiros cumpriram quatro mandados de busca e apreensão na operação batizada de Fim do Túnel.
Conforme divulgou a PF, as investigações fazem parte de desdobramentos das Operações Tollypeutes, Fatura Exposta e Ponto Final.
Júlio Lopes já foi denunciado pela (PGR), que revelou à época que existem elementos robustos que indicam a existência de grandes repasses para ele tanto em razão do cargo que ocupava como secretário de transporte do estado, quanto do mandato eletivo de deputado.