Apesar de ainda não haver um método específico para prevenir a demência, especialistas em saúde neurológica e mental alertam que evitar fatores de risco ainda está entre as alternativas mais indicadas para reduzir tal incidência.
Isso porque determinados hábitos acabam influenciando o cérebro e organismo a reagir de forma inesperada levando a quadros progressivos como no caso, a demência.
Fatores de risco naturais para demência
Antes de destacar quais hábitos evitáveis do dia a dia podem potencializar o surgimento da demência vale ressaltar, que alguns fatores naturais também estão associados ao quadro. Entre eles:
- Idade: Com o passar do tempo, o indivíduo fica suscetível a diversas alterações físicas, hormonais, inclusive mentais. Apesar de não fazer parte obrigatória do processo de envelhecimento, a demência acaba sendo bem comum, visto a perda da capacidade cognitiva.
- Genética: Determinados fatores genéticos podem estar envolvidos com alguns dos tipos menos comuns da demência. Se um dos progenitores possui uma mutação genética que provoca a Doença de Alzheimer Familiar, por exemplo, cada filho terá 50% de probabilidade de herdá-la.
Fatores de risco externos para demência
Já os fatores externos, aqueles que podem ser evitados e que potencializam o risco do desenvolvimento da demência são:
Sedentarismo
De acordo com uma pesquisa da Universidade McMaster do Canadá, pessoas que se exercitam têm menor probabilidade de desenvolver demência, independentemente de características genéticas.
Isso porque ao estar em movimento o indivíduo estimula todos os sistemas do organismo, como o circulatório e até o sistema nervoso central.
Além disso, a prática ajuda a liberar endorfina, hormônio responsável pelo prazer e bem estar emocional.
As capacidades cognitivas e motoras também são reforçadas através dos exercícios, dificultando assim a degeneração cerebral.
Dieta desequilibrada
Uma dieta desequilibrada, focada em alimentos processados e sem a adição de nutrientes naturais, também pode aumentar o risco do desenvolvimento da demência.
Para evitar esta condição é indicado o consumo de alimentos ricos em flavonoides, nutrientes que têm propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, ambas benéficas no combate das doenças neurodegenerativas.
Entre esses alimentos vale a pena apostar em:
- Folhas verde-escuras
- Vegetais folhosos
- Peixes
- Maça
- Uva
- Oleaginosas
Consumo excessivo de álcool
Já é sabido que o consumo excessivo de álcool pode trazer muitos danos à saúde, como a cirrose hepática, por exemplo, entretanto saiba que este hábito também esta associado à demência.
O efeito neurotóxico da bebida que pode levar a um dano cerebral permanente acaba potencializando o risco de doenças degenerativas.
De acordo com um estudo realizado na França e publicado no jornal The Lancet Public Health, mais de 1 milhão de adultos diagnosticados com demência tinham como fator de risco em comum o abuso de álcool.
Tabagismo
O tabagismo também pode influenciar na condição, já que provoca muitos danos à circulação do sangue, incluindo dos vasos sanguíneos do cérebro.
Além disso, as substâncias tóxicas presentes no cigarro ainda podem levar a outras complicações como derrames, diabetes tipo 2 e câncer de pulmão.
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