Devido a especulações sobre o lançamento de mísseis russos no território da Otan – Organização do Tratado do Atlântico Norte, o ministro da Saúde britânico, Sajid Javid, disse que este ataque seria bastante improvável. Contudo, se acontecesse o entendimento seria de um ato de guerra, fazendo com que a aliança arque com as consequências.
O ministro foi questionado sobre a possibilidade de mísseis russos atingirem o território da Otan logo após um ataque contra uma base de treinamento militar na Ucrânia, próxima à Polônia. Na oportunidade, ele ressaltou que ele reforçou quanto ao uso dos termos, pois sabe que não é impossível, apenas improvável para o momento.
“Deixamos muito claro para os russos, mesmo antes do início deste conflito, mesmo que uma única biqueira russa entre em território da Otan, então será considerado um ato de guerra”, ponderou.
O receio também se relaciona ao bombardeio do Centro para a Manutenção da Paz e Segurança internacional em Yavoriv, por parte dos militares russos. Segundo autoridades militares da região de Lviv, o alvo do ataque estava situado a aproximadamente 25 quilômetros de distância da fronteira com a Polônia. Logo, foi feito um reforço a respeito da tensão junto à Otan, grupo do qual a Polônia e a Rússia fazem parte.
Esta escalada no conflito junto ao Ocidente foi esclarecida no último sábado, 12, após a Rússia ameaçar destruir carregamentos de armas internacionais que tentassem chegar na Ucrânia. O aviso foi feito pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Ryabkov, elevando o risco de um conflito direto entre Moscou e um dos países que compõem a Otan.
Enquanto isso, países aliados da Ucrânia, como o Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos da América (EUA) têm se mobilizado para enviar a caráter de urgência, milhares de mísseis antiataque e antiaéreos para Kiev, como resposta ao ataque de Moscou.
Neste sentido, Tyabkov respondeu dizendo que a Rússia já havia avisado os EUA sobre a entrega de armas que ainda está em fase de organização com a ajuda de vários países. Portanto, não se trata apenas de um movimento perigoso, como também um ato que torna os respectivos comboios em alvos legítimos.
O possível ataque partiu de uma declaração feita pelo presidente da Rússia, Volodymyr Zelensky, no último domingo, 13. Para ele, é uma forte probabilidade caso uma zona de exclusão aérea militarizada não seja criada, incluindo Kiev.
“Digo novamente, se não fecharem nossos céus, é só questão de tempo para os mísseis russos caírem sobre o seu território, sobre o território da Otan, nas casas de cidadãos de países da Otan”, declarou Zelensky.
Vale mencionar que, há tempos a organização tem relutado para aceitar o pedido do presidente ucraniano, tendo em vista que a entrada do país na aliança pode ser interpretada pela Rússia como uma declaração de guerra. Zelensky lembrou que ainda em 2021 disse aos líderes da Otan que, se a organização não tomasse uma atitude quanto à elaboração de sanções fortes a caráter preventivo contra a Rússia, era certo este cenário.