Foi pedida, nesta segunda-feira (11), a prisão preventiva de Jorge José da Rocha Guaranho, acusado de ter matado a tiros Marcelo Arruda, guarda municipal e membro da diretoria do Partido dos Trabalhadores (PT) em Foz do Iguaçu, no Paraná. De acordo com informações publicadas pelo canal “CNN Brasil”, o requerimento partiu do promotor Tiago Lisboa, do Ministério Público (MP) do Paraná.
Ainda conforme a emissora, a prisão preventiva tem validade até 11 de agosto. Assim como publicou o Brasil123, Marcelo Arruda foi morto no momento em que comemorava seus 50 anos, em uma confraternização que tinha como tema o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Partido dos Trabalhadores (PT).
Na ocasião, o suspeito teria chegado ao local gritando o nome do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL) e ouvido das pessoas o pedido para que ele deixasse o local. Ele saiu, mas deixou claro que iria voltar. Alguns minutos depois, Jorge Guaranho voltou armado e atirou contra Marcelo Arruda, que conseguiu revidar.
O integrante do PT morreu no local. Já o suspeito foi socorrido e levado ao hospital em estado grave. No domingo (10), a Polícia Civil havia informado que o suspeito tinha morrido. No entanto, no final da noite do mesmo dia, a mesma corporação mudou a informação e disse que o acusado se encontra em estado estável no hospital.
Segundo Marcos Jahnke, secretário de segurança pública, o crime teve como motivação divergências políticas. “Todos relataram que estavam na festa de aniversário com tema político do PT e que em certo momento a pessoa, que era desconhecida de todos e não era convidada, chegou no local com arma de fogo em mãos e aos gritos dizia ‘aqui é Bolsonaro’”, afirmou o chefe da pasta.
Além de Marcos Jahnke, Lula também comentou o caso. O ex-chefe do Executivo lamentou a morte do apoiador, que deixou a mulher e quatro filhos, incluindo um bebê recém-nascido. “Uma pessoa, por intolerância, ameaçou e depois atirou nele, que se defendeu e evitou uma tragédia maior”, começou Lula.
“Duas famílias perderam seus pais. Filhos ficaram órfãos, inclusive os do agressor. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de Marcelo Arruda”, completou o ex-presidente, que neste ano tenta voltar ao Palácio do Planalto.
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