A defesa da ex-deputada federal Flordelis não obteve sucesso em um recurso impetrado na Justiça do Rio de Janeiro e a ex-parlamentar e outros nove réus vão mesmo a júri popular, todos acusados de envolvimento na morte do pastor Anderson do Carmo, marido da acusada, executado a tiros em junho de 2019, em Niterói, na Região Metropolitana carioca.
De acordo com as informações, a decisão dos desembargadores da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro foi a confirmação de uma determinação que já havia sido tomada pelo mesmo colegiado.
Na decisão, os membros do tribunal acompanharam, por unanimidade, o desembargador Celso Ferreira Filho, relator do caso, que negou os pedidos apresentados pelas defesas de Flordelis, de sua filha adotiva Marzy Teixeira da Silva e de sua neta Rayane dos Santos Oliveira.
A defesa de Flordelis e outros seis acusados pela morte do pastor entraram com um recurso para tentar livrar os suspeitos do júri popular, o que foi negado. A defesa também pediu a nulidade do processo, afirmando que foi constatada “a ausência de certeza quanto à materialidade do crime de homicídio tentado”.
Não suficiente, a defesa da ex-deputada também afirma que ela “jamais planejou, orquestrou ou influenciou a morte da vítima”. No entanto, para o desembargador relator do caso, “os depoimentos colhidos, o sigilo levantado das comunicações e a perícia dos telefones celulares comprovam o vínculo criminoso existente entre todas as partes”.
Assassinato do pastor
Em março deste ano, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou Flordelis e os outros réus pelo assassinato do pastor Anderson, em junho de 2019. Na denúncia, o órgão pediu o julgamento dos réus pelo júri popular.
Em maio, Nearis dos Santos Carvalho Arce, juíza do 3º Tribunal do Júri de Niterói (RJ), aceitou a denúncia e atendeu ao pedido dos promotores e, desde então, a defesa da ex-deputada tenta mudar o jogo.
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