O ex-vereador Jairinho e sua ex-namorada Monique Medeiros, acusados da morte do menino Henry Borel, de quatro anos, no dia 8 de março deste ano, deverão permanecer presos, determinou nesta terça-feira (20) a Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
De acordo com o juiz Daniel Werneck Cotta, que foi quem assinou a decisão, informações sobre coação de testemunhas e fraude processual feitas pelos acusados são um dos motivos que justificam a manutenção da prisão do casal, preso desde o dia 8 de abril.
“Além do crime de coação no curso do processo, se imputa aos acusados a prática de crime de fraude processual, demonstrando que há indícios de que os réus possam ter objetivado influenciar no curso das investigações”, começou o magistrado.
“As referidas condutas indicam desejo de embaraçar as investigações e, consequentemente, a regular instrução criminal, reforçando a necessidade da prisão para sua garantia”, completa Daniel Werneck Cotta.
Ainda segundo o juiz, a manutenção da prisão da dupla tem o intuito de zelar pela tranquilidade daqueles que vão depor sobre o caso, visto que o processo ainda está na fase inicial e testemunhas que mantinham contato estreito com os acusados e familiares da vítima ainda estão sendo ouvidas.
A determinação do juiz vai ao encontro do que recomendou o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) na última semana. De acordo com o órgão, “a situação prisional deve ser mantida, considerando que se mantém incólumes os motivos que ensejaram a medida cautelar, permanecendo inalterados os requisitos da prisão”.
Em outro trecho, o MPRJ também afirmou que as defesas de Jairinho e Monique, em nenhum momento, afastaram os motivos causadores da prisão preventiva. “Reitero, a única medida adequada e suficiente a ser aplicada: a prisão cautelar dos denunciados”, escreveu o promotor Fabio Vieira dos Santos, da 2 ª Promotoria de Justiça do II Tribunal do Júri da Capital.
Prisão de Jairinho e Monique
Tanto Jairinho quanto Monique estão presos preventivamente acusados de homicídio triplamente qualificado. Adicionalmente, o ex-vereador também foi denunciado outras três vezes pelo Ministério Público: duas por torturar filhos de suas ex-namoradas e uma por violência doméstica.
No último dia 30 de junho, assim como publicou o Brasil123, Jairinho se tornou o primeiro vereador do Rio de Janeiro a perder o mandato na Câmara por quebra de decoro parlamentar.
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