O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decretou nesta quinta-feira (03) a prisão preventiva de Israel Lisboa Junior, homem que atropelou 17 pessoas em uma rodovia na cidade de Mirassol, no interior de São Paulo, na tarde da quarta-feira (02) durante os atos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que não concordam com a derrota do chefe do Executivo para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A prisão do acusado foi feita em flagrante na quarta após ele ter rompido a barreira feita por manifestantes. Já nesta quinta, durante uma audiência de custódia, a prisão foi convertida para preventiva.
Em entrevista ao canal “CNN Brasil”, a mãe do homem disse que ele acelerou o veículo após ser agredido. De acordo com ela, que estava no carro, seu filho discutiu com manifestantes na tentativa de passar com o carro pelo canteiro central. Conforme a mulher, em dado momento, Israel foi agredido.
Foi exatamente essa agressão, de acordo com a mãe do suspeito, que teria feito ele acelerar o carro e atropelar as 17 pessoas. De acordo com as informações, dos atingidos, dois estão em estado grave em um hospital de Rio Preto, também no interior de São Paulo.
Manifestantes queriam agredir o motorista
A mãe do homem diz que ele havia sido agredido antes do fato. Depois do acontecimento, manifestantes foram para cima do veículo que havia atropelado as pessoas. Em entrevista ao portal “G1”, o coronel do Comando de Policiamento do Interior 5 (CPI-5), Carlos Enrique Forner, revelou que o carro foi depredado e o condutor só não foi linchado no local porque agentes da polícia impediram o fato.
“Desde o início das manifestações, nós temos tido interdição pelos caminhoneiros. Essa parte já estava controlada, mas, infelizmente, temos alguns manifestantes sapecas. Eles estavam na pista, fazendo uma manifestação pacífica, quando um dos motoristas investiu contra os manifestantes. A própria polícia fez a abordagem. Tínhamos a preocupação porque os manifestantes queriam linchar o motorista”, relatou o agente.
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