A Justiça de São Paulo bloqueou R$ 87 mil das contas do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), devido ao não pagamento de multas durante a pandemia da Covid-19. Assim como publicou o Brasil123, o ex-chefe do Executivo foi multado porque não utilizou máscara de proteção contra a Covid-19 em três ocasiões diferentes: em visitas às cidades de Miracatu, Ribeira e Eldorado. Isso, enquanto o uso era obrigatório no estado paulista.
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De acordo com informações reveladas pelo portal “UOL”, nesta quarta-feira (14), o bloqueio em questão foi determinado pela juíza Ana Maria Brugin, da Vara de Execuções Fiscais estadual, e foi ao encontro do que pediu o governo paulista. No começo deste ano, a Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, já sob a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado de Bolsonaro, propôs a execução fiscal de três dívidas em nome de Bolsonaro que somam mais de R$ 568 mil.
Essas multas foram aplicadas em 14 e 15 de dezembro de 2021 pela Secretaria da Saúde de São Paulo e transitaram em julgado entre janeiro e fevereiro de 2022. Segundo a pasta, as multas foram aplicadas porque, na época em que Bolsonaro visitou as cidades citadas, era obrigatório o uso de máscaras de proteção facial em espaços de acesso aberto ao público e vias públicas.
Filho de Bolsonaro também é cobrado
Além do ex-presidente, seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), também é cobrado pelo governo de São Paulo por infrações cometidas no período da pandemia da Covid-19. No caso do parlamentar, o valor não foi revelado, mas sabe-se que, somente de juros, o filho do ex-chefe do Executivo terá de pagar mais de R$ 10 mil.
Quem também foi autuado pelo não uso de máscara quando o utensílio era obrigatório no estado foi o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Na época, ainda como ministro de Bolsonaro, ele foi autuado três vezes por ter retirado a máscara nos eventos em que esteve ao lado do ex-presidente.
No entanto, diferentemente da família Bolsonaro, Tarcísio de Freitas quitou os débitos. “Tirei em algum momento, para tirar uma fotografia, fui multado, entendi que o estado estava exercendo o seu poder de polícia administrativa, concordei com a multa, paguei”, afirmou ele no ano passado.
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