Seis pessoas foram condenadas pelo Tribunal do Júri de Vitória, no Espírito Santo, na noite de segunda-feira (30), pela morte da médica Milena Gottardi, após oito dias de julgamento. Segundo as informações, foram penalizados: o ex-marido da médica, Hilário Frasson, o sogro dela, Esperidião, e outros quatro investigados.
Milena Gottardi morreu em setembro de 2017, aos 38 anos, após ser atingida por um tiro na cabeça enquanto saia de um hospital onde estava trabalhando.
Com as investigações, constatou-se que o mandante do crime foi o ex-marido de Milena, o então policial civil Hilário Frasson, junto com o pai dele, Esperidião Frasson. O motivo, segundo as diligências, foi que o acusado não aceitava o fim do casamento com a vítima.
Plano para matar Milena Gottardi
Para acabar com a vida da médica, filho e pai teriam contratado duas pessoas que ficaram encarregados de encontrar um atirador para matar a vítima. O executor confessou o crime e ainda revelou ter contado com a ajuda do cunhado, que roubou uma moto para que o crime fosse praticado.
Sentença do júri
Ao todo, foram sete jurados, três homens e quatro mulheres. Juntos, eles votaram a favor da condenação de todos os seis envolvidos. De acordo com Marcos Pereira Sanchez, juiz que deu a sentença, Hilário foi principal mandante do crime.
Com a condenação, Hilário, que teve duas filhas com Milena, perdeu permanentemente a guarda delas. Antes de ser morta, inclusive, a médica deixou uma carta registrada em cartório afirmando que, caso algo acontecesse com ela, suas filhas deveriam ficar sob os cuidados do irmão dela, Douglas Gottardi.
A maior pena ficou para o ex-marido da médica, que foi condenado a 30 anos de prisão. Já o executor do crime, Dionathas Alves Vieira, foi condenado a 28 anos e 8 meses de prisão, mas teve a pena reduzida para 18 anos e 8 meses por ter confessado o assassinato.
Todos os acusados pelo crime também foram condenados a pagar uma indenização de R$ 700 mil para a família da médica. Nenhum deles poderá recorrer da sentença em liberdade.
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