O traficante Wellington Macedo, conhecido como “Caolha”, foi condenado a 25 anos de prisão pelo Tribunal de Justiça do Rio de janeiro por conta da morte do agente da Polícia Civil Bruno Guimarães Buhler, assassinado em 2017.
Denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), Caolha é apontado como sendo o chefe do tráfico no Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro e foi condenado pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e associação para o tráfico.
Segundo o MPRJ, que havia oferecido a denúncia em 2018, o crime ocorreu em 11 de agosto de 2017. Na ocasião, o traficante e outros membros da quadrilha atiraram contra viaturas das polícias Militar e Civil que estavam se aproximando do Jacarezinho para realizar uma operação.
Um dos autores
Na decisão, o juiz do caso afirmou que “Caolha” foi um dos autores dos disparos que resultaram na morte do agente. Além disso, ele também destacou que, durante as diligências, também ficou comprovado que “Caolha” era o chefe do tráfico de drogas na comunidade.
Quando morreu, o policial Bruno Guimarães Buhler tinha 36 anos. Ele fazia parte da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil e foi baleado no pescoço durante a operação. Na ocasião, ele até foi resgatado, mas, por conta da gravidade do ferimento, acabou não resistindo e foi a óbito.
Também no Rio
Outra sentença no Rio de Janeiro foi a dos agentes da Polícia Militar Ronald Paulo Alves Pereira e Daniel Alves, condenados por organização criminosa, em julgamento encerrado também na sexta (22).
De acordo com as informações, Ronald foi condenado a 17 anos e seis meses de prisão e 875 dias-multa. Já Daniel a 6 anos e três meses, além de 312 dias-multa. Segundo o juri, os policiais integravam a milícia de Rio das Pedras e da Muzema.
A participação deles na organização criminosa foi constatada durante investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o que culminou na Operação Intocáveis, a primeira a prender agentes do primeiro e segundo escalão da milícia de Rio das Pedras e Muzema. Além dos dois agentes condenados, outras 11 pessoas foram denunciadas por conta da Operação Intocáveis.
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