Oito pessoas acusadas de integrarem um milícia em Itaboraí, município na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, foram condenadas pela justiça do estado por participação em diversos homicídios, extorsões e desaparecimentos na região, segundo investigações da Polícia Civil e do Ministério Público estadual.
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A decisão do juiz Daniel da Silva Fonseca, da 1ª Vara Criminal de Itaboraí, publicada nesta segunda-feira (08), responsabiliza os acusados pelos crimes de organização criminosa e uso de arma de fogo.
Os oito condenados nesta segunda não são os únicos no processo. Isso porque mais 68 pessoas também deverão ser julgadas em ações que envolvem a investigação sobre a milícia – o processo foi desmembrado em outros nove procedimentos.
Milícia e os cemitérios
As investigações sobre o grupo, feitas pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil, descobriram a existência de mais de um cemitério clandestino. Por lá, os investigadores encontraram pelo menos 30 corpos apontados como sendo de vítimas da milícia local. Foram condenados nesta segunda:
- Alvaristo Assis Júnior
- Tânia Monique Faial
- Mayson Cesar Fideles
- Vilson Alves Andrade
- Rhuan Fernando de Souza
- Delano Xavier de Mendonça
- Filipe da Costa Pimentel
- Antônio Cláudio Quintanilha.
Segundo a decisão, nos casos de Alvaristo, Tânia, Mayson César e Vilson, a Justiça deu para eles o direito de recorrer das penas em liberdade. Uma nona pessoa foi absolvida no processo. Aos outros, o juiz fixou uma pena de 10 anos e seis meses de prisão em regime fechado.
Tânia e Mayson César, que são casados, segundo as investigações, trabalhavam para a milícia como advogados e faziam uma “ponte” entre agentes das forças de segurança, traficantes e a organização criminosa. O casal atuou em um processo de trégua entre o tráfico e a milícia em Itaboraí.
Mayson, segundo a investigação, se passava por policial civil, e afirmava trabalhar na 71ª DP (Itaboraí). Na casa dele, consta na decisão, a polícia apreendeu as chaves de uma viatura do PRPTC (Posto Regional de Polícia Técnica e Científica) de São Gonçalo, município vizinho.
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