Elize Matsunaga irá permanecer em liberdade. A decisão foi da Justiça de Sorocaba, no interior de São Paulo, que negou uma solicitação feita pelo Ministério Público (MP), que solicitou que a mulher, condenada a 16 anos de prisão após matar seu marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, em 2012, voltasse para a cadeia. O motivo: a suposta utilização de documento falso.
De acordo com informações reveladas pela revista “Veja” nesta terça-feira (25), a Vara de Execuções Criminais de Franca, cidade do interior de São Paulo, onde Elize Matsunaga vive desde maio do ano passado e por lá trabalha como motorista de aplicativo, já havia defendido que a condenada tem “cumprido as condições que lhe foram impostas”, para poder manter o benefício do livramento condicional.
Já a Justiça de Sorocaba, indo ao encontro do que havia defendido a Vara de Execuções Criminais de Franca, afirmou que Elize Matsunaga não cometeu nenhum novo crime. Por conta disso, foi determinado o fim do processo contra a condenada, sob a ressalva de que se aparecer algum fato novo, a ação, que está em segredo de Justiça, será desarquivada.
Documento falso
Assim como publicou o Brasil123, a Polícia Civil de São Paulo estava investigando Elize Matsunaga por suspeita de uso de documento falso para trabalhar em uma empresa de construção civil no município de Sorocaba, no interior do estado.
De acordo com as informações, Elize Matsunaga tinha como intuito acompanhar obras dentro de condomínios de luxo da região e, por isso, precisa apresentar atestado negativo para antecedentes criminais – devido a essa obrigação, ela teria apresentado um documento falso.
“Elize teria pego o documento em nome de outro funcionário e colado por cima seu nome de solteira, Elize Araújo Giacomini“, informou o jornal “O Globo”. Em depoimento, Elize Matsunaga teria negado que seja autora da falsificação e ainda que tenha usado tal documento.
Motorista de aplicativo
Atualmente, Elize Matsunaga trabalha como motorista de aplicativo na região de Franca. De acordo com o jornalista Ulisses Campbell, autor do livro que conta sobre o assassinato cometido por Elize Matsunaga, passageiros ouvidos por ele relataram que a condenada é “bem tranquila”.
O comunicador, que lembra que Elize Matsunaga tem cursos de bacharel em Direito, Contabilidade, Técnica em Enfermagem e até de Sommelier, destaca o fato de a mulher ter escolhido um trabalho onde tem contato com o público, mesmo após um crime de repercussão nacional.
“Essas mulheres que cometeram crimes de repercussão nacional, como a Suzane von Richthofen, escolheram voltar à sociedade em empregos de atendimento ao público quando o natural seria se esconder. Isso chama a atenção“, afirmou recentemente Ulisses Campbell ao comentar sobre a escolha da mulher por atuar como motorista.
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