Os juros bancários médios do país cresceram em outubro deste ano. De acordo com o Banco Central (BC), a taxa média de juros com recursos livres de pessoas físicas e empresas chegou a 42,4% ao ano no décimo mês de 2022.
A saber, a taxa é a mais elevada desde novembro de 2017, quando os juros chegaram a 42,6% ao ano no país. Isso quer dizer que esse é o maior nível em cinco anos.
Segundo o BC, o juro bancário médio estava em 32,4% ao ano em outubro de 2021, ou seja, a taxa cresceu 10 pontos percentuais (p.p.) em 12 meses. Em 2021, a variação acumulada dos juros foi de 8,4%, maior patamar dos últimos seis anos.
O principal motivo do forte avanço no ano passado foram as recorrentes elevações da taxa básica de juros do Brasil, a Selic. Em resumo, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou sete vezes a taxa Selic no ano passado.
A propósito, a Selic é o principal instrumento do BC para segurar a inflação no país. A alta da Selic eleva os juros praticados no país, reduzindo o poder de compra do consumidor e desaquecendo a economia. Assim, a inflação tende a cair também, pois a demanda fica enfraquecida.
O Banco Central (BC) divulgou os dados nesta segunda-feira (28). Em suma, o indicador da entidade financeira não inclui os créditos habitacional, rural e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
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Segundo o BC, a taxa média de juros cobrada nas operações com empresas alcançou 23,5% ao ano em outubro, ante 23% ao ano no mês anterior. Esse é o maior nível desde agosto de 2017 (24,4% ao ano).
Da mesma forma, os juros cobrados nas operações com pessoa física subiram no mês, de 54% ao ano em setembro para 56,6% ao ano em outubro. Nesse caso, o patamar é o mais elevado desde fevereiro de 2018 (56,9% ao ano).
Vale destacar que a inadimplência média registrada pelos bancos nas operações de crédito passou de 2,9% em setembro para 3% em outubro. A saber, essa é a maior taxa desde maio de 2020 (3,2%).
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