Um estudo que mostrou dados específicos sobre a empregabilidade dos jovens no Brasil revelou informações preocupantes. Nesse sentido, dos 207 milhões de habitantes do país, cerca de 17% correspondem a jovens com idade entre 14 e 24 anos.
Com isso, estima-se que 5,2 milhões se encontram desempregados, representando 55% do total de pessoas nessa situação em todo o país. Dessa forma, chegando a um número alarmante de 9,4 milhões de desempregados nessa faixa etária.
Além disso, esses números demonstram uma realidade desafiadora para os jovens brasileiros, que enfrentam altos índices de desemprego. Com isso, a falta de oportunidades de trabalho afeta significativamente essa parcela da população, trazendo consequências negativas para o seu futuro e desenvolvimento.
Governo precisa incentivar a entrada de jovens
Essa situação ressalta a importância de políticas públicas e ações efetivas para promover a inclusão e inserção dos jovens no mercado de trabalho, visando garantir seu crescimento pessoal e contribuir para o progresso socioeconômico do país.
É fundamental serem implementadas medidas voltadas para a geração de empregos, capacitação profissional e incentivo ao empreendedorismo entre os jovens, a fim de reverter essa realidade preocupante.
Ainda sem nível médio
Segundo a Subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Paula Montagner. Assim, o Brasil conta com uma população de 35 milhões de jovens entre 14 e 24 anos. No entanto, é observado que muitos desses jovens, tanto os empregados quanto os desempregados, não possuem a formação educacional completa, principalmente em relação ao ensino médio.
Dessa forma, o diretor-executivo do CIEE, Humberto Casagrande, destaca que esse levantamento evidencia diversas desigualdades presentes no Brasil. Incluindo aquelas relacionadas às mulheres negras, aos jovens adolescentes, aos jovens adultos e ao trabalho informal. Com isso, essas disparidades dificultam o acesso desses grupos ao mercado de trabalho e a oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissional.
Por fim, a falta de conclusão do ensino médio representa um obstáculo significativo para esses jovens. Uma vez que a formação educacional é um requisito básico para muitas vagas de emprego. A ausência desse nível de escolaridade limita suas perspectivas de carreira e os expõe a uma maior vulnerabilidade socioeconômica.
Jovens são mais afetados por ciclos econômicos
Segundo o diretor do escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, a juventude trabalhadora é mais vulnerável aos impactos de ciclos de recessão ou estagnação econômica. De acordo com ele, os jovens costumam ser os primeiros a sofrer redução de horas de trabalho ou a serem demitidos.
Nesse sentido, essa realidade reflete a fragilidade do mercado de trabalho para essa faixa etária, em que a falta de experiência e formação adequada torna os jovens mais suscetíveis aos efeitos negativos da instabilidade econômica. É crucial implementar políticas que promovam a inclusão e a proteção dos jovens no mercado de trabalho, oferecendo-lhes oportunidades de emprego e desenvolvimento profissional em tempos de adversidade econômica.
“Muitos trabalham em setores mais sujeitos à informalidade, como agricultura, comércio e serviços pessoais e domésticos. Muitos têm empregos de meio período, temporários ou em plataformas digitais, que tendem a ser mal remunerados, ter jornadas irregulares, pouca segurança ou proteção social”, acrescenta o diretor da OIT, sobre o desemprego que afeta mais precisamente os jovens no país.
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