O caso que envolve o americano Christopher Belter, de 20 anos de idade, tem causado revolta nos Estados Unidos da América (EUA). O jovem abusou sexualmente de quatro adolescentes nas casas dos pais dele em um bairro na área nobre da cidade de New York.
Mas ainda assim, ele foi absolvido da culpa e não será preso. Pelo contrário, ele cumprirá oito anos de liberdade condicional. A decisão foi do juiz do Tribunal do Condado de Niagara, Matthew I. Murphy III, indignando e causando revolta nas vítimas, nos familiares e em todo o povo norte-americano.
Os estupros foram cometidos entre o período de fevereiro de 2017 a agosto de 2018. Na época, o jovem frequentava uma escola particular de Buffalo, quando três das vítimas tinham 16 anos, e a última, 15. Todas elas foram agredidas por Belter em quatro incidentes separados.
O magistrado alegou estar agonizado pelo caso, se declarando culpado em 2019 pelos crimes de estupro em terceiro grau e pela tentativa de agressão sexual em primeiro grau. Ele também foi acusado por abuso sexual de menor de idade em segundo grau.
Na realidade, ele poderia ter sido condenado a oito anos de prisão, mas o juiz alegou que a prisão de Belter seria inapropriada. De toda forma, ele constará no registro de agressor sexual como parte da sentença.
Em comunicado, o promotor distrital do condado de Niagara, Brian Seaman, disse estar frustrado com a sentença e que o Ministério Público foi muito claro no que compete à crença de que, para todos, a prisão era integralmente apropriada. Steven M. Cohen, advogado de uma das vítimas de estupro, disse em entrevista ao Washington Post, que a justiça não havia sido feita.
“Minha cliente vomitou no banheiro feminino após a sentença. Se Chris Belter não fosse um réu branco de uma família rica e influente, na minha experiência… ele certamente teria sido condenado à prisão”, ponderou Cohen.
É importante mencionar que, no primeiro julgamento, o jovem foi julgado como um delinquente juvenil, recebendo uma sentença de dois anos de liberdade condicional caso cumprisse a pena determinada. Entretanto, em outubro deste ano, o juiz Murphy, estabeleceu que Belter seria julgado novamente e sentenciado como um adulto que é e pela violação documentada em condenação anterior.
Outro agravante que deveria ter sido considerado é o fato de o réu ter acessado conteúdo pornográfico do computador dele, o que era proibido. Durante a audiência de condenação, o advogado de defesa de Belter chegou a dizer que o rapaz se arrependeu dos crimes que cometeu quando adolescente.
Vale destacar que ele não é o único acusado, pois a mãe, o padrasto e um amigo de Belter também são acusados por facilitar o abuso e fornecer álcool e maconha aos adolescentes. Mas no final, todos se auto declararam inocentes enquanto aguardam o julgamento.