Um jovem de 23 anos foi indiciado pela Polícia Civil do Distrito Federal suspeito de se passar por uma menina nas redes sociais para pedir fotos de crianças e adolescentes nuas. De acordo com a corporação, o acusado, que já está preso, pode ter feito mais de 100 vítimas pelo Brasil.
Segundo a entidade, que detalhou o caso nesta segunda-feira (02), a investigação teve início em fevereiro, quando agentes da entidade descobriram que o suspeito usava o nome falso de Luíza Emanuelly, na internet, e dizia ter 14 anos.
Preso no último dia 21 de julho, em Teresina, no Piauí, o jovem foi levado para Brasília e vai responder por estupro virtual e pornografia infantil. Uma reportagem da “Rede Globo” chegou a revelar conversas dos criminosos com algumas dessas vítimas.
Em um dos relatos, usando a conta falsa, ele disse que, para ter um relacionamento com ele, seria necessário que a vítima enviasse fotos nuas. “Pra namorar comigo tem que mandar nudes”, escreveu o suspeito, que leu de um garoto: “Não tenho vergonha, talvez amanhã eu mando para você”.
Perfil nas redes sociais
Conforme a Polícia, a conta fake tinha 1,2 mil seguidores, sendo a maioria deles meninos de 8 a 15 anos. Uma das armas para fisgar as vítimas era adicionar as crianças nas redes sociais e em jogos virtuais. A partir daí, o suspeito puxava assunto pelo chat e ganhava a confiança dos menores.
Suspeito postou imagens na internet
De acordo com uma mãe, seu filho trocou mensagens com o suspeito. Segundo a mulher, o adolescente, de 13 anos, disse que havia conhecido a suposta menina no Instagram.
“No começo eles conversavam coisas normais, de amigos, aí, depois, foram vindo mensagens mais pesadas, […] pedindo fotos, com uma intimidade maior e pedindo coisas bem estranhas”, contou a mãe, que ainda revelou que, após o garoto decidir não mandar mais fotos, o homem postou na internet as imagens que recebeu da vítima.
Onde moram as vítimas dos abusos
Por fim, a Polícia Civil revela que, com a apreensão do celular do jovem, conseguiu constatar que o número de vítimas passava de 100, em 18 estados. Nesse sentido, as diligências revelam que Santa Catarina foi o estado onde o criminoso mais agiu, foram 22 crianças e adolescentes. Na sequência aparece São Paulo (15), Paraná (14), Minas Gerais (9) e o Distrito Federal (4), podendo este número, segundo a Polícia Civil, ser ainda maior.
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