Segundo a jovem Nicole Maria Ferreira Costa, de 20 anos, acusada de matar o namorado com uma agulha de narguilé, o crime em questão aconteceu em legítima defesa. Isso porque, de acordo com a suspeita, ela estava tentando se defender das agressões que sofria do companheiro.
A declaração da jovem foi feita nesta segunda-feira (16) em uma entrevista ao portal “G1”. Em vídeo, ela explicou o que aconteceu no dia em que Adailton Gomes Abreu, de 24 anos, acabou morrendo ao ser atingido pela moça, na casa dela, em Aparecida de Goiânia, Goiás.
Segundo Nicole, momentos antes do crime, Adailton havia pegado a jovem pelo pescoço, a empurrado para um canto entre o guarda-roupa e a parede e começado a agredir. “Eu gritei minha mãe e ele se afastou. Depois, voltou a me bater e falou que ia me matar”, contou.
“Ele veio para cima de mim, me agredindo de novo. Aí a única coisa que tinha perto de mim era a minha mesa com as coisas que eu usava para fazer meu narguilé. Eu não sei como foi… Eu estava com medo”, relata a moça.
Em seguida, já chorando, ela diz que, após pegar o objeto, uma agulha, e atingir a vítima no peito, sua mãe chegou no local. “Aí minha mãe chegou. Ele ainda estava em pé”, explicou Nicole, que disse que sua mãe o questionou se ele estava batendo em sua filha. Ele negou, disse que era mentira, e neste momento, colocou a mão no peito e caiu.
Ainda conforme a reportagem do “G1”, durante todo o processo, Nicole não se pronunciou sobre o ocorrido. Todavia, agora ela veio a público porque quer provar que agiu em legítima defesa e que não teve a intenção de matar o namorado.
https://twitter.com/newsvideos4/status/1427450313074675718
MP confirma que Nicole apresentou a tese
Em nota, o Ministério Público (MP) afirmou que recebeu a tese da legítima defesa da vítima. Todavia, o laudo da perícia, segundo o órgão, não encontrou vestígios que a vítima senha se defendidos ou estado em alguma luta corporal.
Além disso, o MP também relata que a agulha usava por Nicole perfurou 19 centímetros do peito Adailton e que, para isso, seria necessária uma grande força, o que não vai ao encontro da versão narrada pela moça. “O instrumento perfurou a língula e o coração, vencendo obstáculos como a vestimenta e musculatura de parede torácica”, publicou.
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