O jornal “Extra” revelou nesta segunda-feira (11) que um gabinete criado para o presidente Jair Bolsonaro (PL) fazer seus despachos no Rio de Janeiro está sem uso. De acordo com a publicação, o local foi construído em janeiro de 2019, quando o chefe do Executivo assumiu a presidência, e custou R$ 1,7 milhão aos cofres públicos.
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Conforme mostra a publicação, o escritório foi criado por Bolsonaro em um de seus primeiros atos como chefe do Executivo e o montante total saiu do caixa da União e serve para pagar os salários de servidores que fazem expediente das pessoas no Rio, domicílio eleitoral do presidente.
O gabinete de Bolsonaro no Rio de Janeiro fica no Palácio da Fazenda, no Centro da capital carioca. No local, também existem salas que são utilizadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Isso, quando ele viaja para a cidade.
Ao todo, segundo as informações publicadas pelo ”Extra” a partir de dados enviados pela Secretaria-Geral da Presidência por meio de pedido feito via Lei de Acesso à Informação, são quatro funcionários trabalhando no escritório desde maio de 2019.
O gabinete foi montando sob a justificativa de que Bolsonaro iria trabalhar nele enquanto estivesse no Rio. Apesar disso, a informação é que não há registros na agenda de Bolsonaro dele indo ao local desempenhar suas funções.
“Informamos que não foram localizadas agendas presenciais no Gabinete Regional do Rio de Janeiro em relação a essas autoridades”, publicou a Secretaria-Geral fazendo alusão ao presidente e também aos seus auxiliares de primeiro escalão.
Gabinete parado
De acordo com o Extra, a reportagem do site entrou em contato com o gabinete na quinta-feira (07) passada e, na ocasião, constatou que não havia ninguém presente no local. Isso, por volta das 15h.
Por conta disso, a capitã reformada da Marinha Andrea de Almeida Porto, responsável pela assessoria especial da Presidência no Rio, pronunciou-se dizendo que a ausência de servidores foi uma “coincidência” e que eles vão ao local diariamente.
Já no outro dia, sexta (08), informou que o “Extra, jornalistas do portal foram até o local pessoalmente. Chegando lá, eles foram impedidos de entrar no prédio”.
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