O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), voltou a defender o armamento da população. Na quarta-feira (15), em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, o chefe do Executivo, fazendo uma leitura conservadora da bíblia, disse que Jesus Cristo só não comprou uma arma porque, na ocasião, o artefato ainda não existia.
“Não comprou pistola porque não tinha”, disse Bolsonaro, fazendo alusão a Jesus Cristo e época em que ele viveu. Na sequência, para justificar sua fala, ele ainda citou o capítulo 22, versículo 36 do Evangelho de Lucas. “Jesus os adverte: ‘Agora, porém, quem tem bolsa, pegue-a, assim como a mochila de viagem; e quem não tem espada, venda a própria capa e compre uma'”, disse Bolsonaro.
Na oportunidade, Bolsonaro também teceu novas críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dando a entender que seu principal adversário nas eleições deste ano vê o aborto como uma coisa banal. “Para ele, fazer aborto é igual extrair um dente”, declarou o presidente.
Bolsonaro se manifesta sobre mortes de Dom e Bruno
Se na quarta (15) o presidente falou sobre armas, nesta quinta (16) seu pronunciamento foi sobre as mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, assassinados nos arredores da terra indígena Vale do Javari, no Amazonas.
“Nossos sentimentos aos familiares e que Deus conforte o coração de todos!”, escreveu o presidente no Twitter ao compartilhar uma publicação da Fundação Nacional do Índio (Funai), que também lamentou as mortes.
Desde que os dois desapareceram, Bolsonaro, apesar de ter dito que esperava que ambos fossem encontrados com vida, acabou relativizando a ocorrência. Em uma oportunidade, o presidente disse que as vítimas estavam em “uma aventura não recomendável”.
Em outra ocasião, Bolsonaro disse que Dom Phillips, correspondente do jornal britânico The Guardian, era “malvisto” na região em que acabou sendo assassinado.
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