O deputado federal André Janones disse hoje em suas redes que os investigadores da Polícia Federal que atuaram na outiva do ex-presidente Jair Bolsonaro nesta quarta-feira, em Brasília estariam tratando Bolsonaro “como bandido” e que eventualmente podem até mesmo prender Bolsonaro, caso em suas palavras “cometa algum deslize.
“Começando neste momento os depoimentos aqui na PF. Bolsonaro está sendo tratado como bandido e, apesar de ter ensaiado ontem o dia todo suas falas com seus advogados, caso cometa qualquer deslize, será enjaulado”, escreveu Janones em suas redes.
Janones também citou que apesar de apoiadores do ex-presidente terem dito que iriam ao local prestar apoio a Bolsonaro, apenas um homem com a camisa do Brasil apareceu no local, segundo a imprensa:
“URGENTE! Bolsonaro acaba de deixar a sede da PF! O assassino da pandemia pensou que ia estar lotado de gado lhe esperando mas se ferrou: não tinha nenhum apoiador e ele saiu de escorraçado aos gritos de “genocida”, “miliciano” e “ladrão de joias”
Foi pra isso que eu fiz o L”
Bolsonaro teria dito que aceita qualquer coisa para não ser preso
Ainda segundo fontes não reveladas, Janones publicou em seu perfil no twitter que o ex-presidente Bolsonaro teria conversado com seu advogado sobre a possibilidade de ser preso. Nesse sentido teria pedido que pudesse fazer qualquer coisa, para que isso não acontecesse:
“ATENÇÃO: segundo fontes não OFICIAIS,, NESTE MOMENTO durante depoimento na sede da PF, Bolsonaro CHORA e diz , em of, a seu advogado, que aceita qualquer acordo desde que não fique preso! O vagabundo além de ladrão, é FROUXO!
Alguém aí com peninha ? “
Publicou o deputado mais cedo no dia de hoje, lembrando que Janones tem o hábito de colocar “lenha” na fogueira, suas redes sociais são bastante movimentadas com esse tipo de discurso, muitas vezes realizando afirmações sem uma fonte clara sobre o ocorrido.
Ex presidente depõe sobre Joias retidas na receita
Os tais presentes apreendidos pela receita federal foram avaliados em R$ 16,5 milhões, estavam com um integrante de uma comitiva liderada pelo então ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, que foi até à Arábia Saudita.
Outros dois conjuntos de joias, avaliados em R$ 1 milhão ao todo, também entraram sem serem declarados na alfândega, foram entregues pela defesa do ex presidente. Além de duas armas que foram presentes do governo dos Emirados Árabes.
Além disso, o ex-presidente disse estar ‘convicto’ de que não praticou nenhuma irregularidade no caso. Nesse sentido, o inquérito aberto na Polícia Federal, busca apurar se o ex-presidente cometeu o crime de peculato ao tentar tomar para si as joias, avaliadas em mais de 16 milhões.
Nesse caso, peculato significa, o funcionário público apropriar-se de bem ou tomar posse de algo em razão do seu cargo e a pena para esse tipo de crime pode variar entre 2 e 12 anos de prisão, além do pagamento de multa.
Contudo, Bolsonaro argumenta que tentou observar a regularidade dos procedimentos, que teriam o intuito de evitar o que ele classifica como “vexame diplomático” junto ao governo da Arabia Saudita.
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