O presidente Jair Bolsonaro, realizou hoje, feriado da Sexta-Feira Santa, uma motociata que teve início na cidade de São Paulo, indo até a Americana, município do interior do estado de São Paulo, em um percurso de aproximadamente 120 km. O evento iniciou às 10h e foi encerrado por volta das 17h.
O evento foi chamado “Acelera para Cristo”, com inscrição não obrigatória de R$10. A ideia era que o evento fosse encerrado em Campinas, contudo, a organização realizou uma mudança, mudando o trajeto para Americana.
Para que o evento fosse realizado, foi necessário realizar a interdição da Rodovia dos Bandeirantes, o que gerou pontos de lentidão na saída para o feriadão de Páscoa. Contudo, às 13h40, a rodovia já se encontrava completamente liberada.
Além disso, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública, a motociata custou cerca de R$1 milhão aos cofres públicos devido ao reforço da segurança. Mais de 1900 policiais militares trabalharam no evento, além de funcionários do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), tudo para garantir a segurança do Presidente da República, Jair Bolsonaro.
Empresário que organizou motociata recebeu Auxílio Emergencial
Um dos empresários que aparece como organizador do evento, Jackson Vilar da Silva, recebeu R $5.700 de auxílio emergencial do governo federal. Segundo dados do Portal da Transparência, o benefício foi pago entre abril de 2020 e outubro de 2021.
Inclusive, ele ainda recebia auxílio quando se apresentou como um dos realizadores da motociata de Bolsonaro em São Paulo realizada em junho de 2021.Além disso, o organizador do evento também foi candidato a deputado federal pelo PROS em 2018.
Bolsonaro critica mudanças no Whatsapp
Durante a motociata, Bolsonaro realizou duras críticas ao acordo realizado entre o Tribunal Superior Eleitoral e o Whatsapp para implementar mudanças no aplicativo, como possibilitar que a função que permite o envio de mensagens para inúmeros grupos de pessoas diferentes só passe a funcionar no Brasil após as eleições deste ano.
Bolsonaro disse que tal medida é “inadmissível, inaceitável e que não será cumprida”. “E já adianto que isso que o Whatsapp está fazendo no mundo todo, sem problema. Agora, abrir uma excepcionalidade no Brasil, isso é inadmissível e inaceitável. E não vai ser cumprido esse acordo que por ventura eles realmente tenham feito com o Brasil, com informações que eu tenho até este momento”, disse Jair Bolsonaro.
Contudo, Bolsonaro deu a entender que não irá realizar qualquer ruptura com as instituições, afirmando que é “obrigado a jogar dentro das quatro linhas” e que “se do lado de lá vale tudo, do lado de cá, não é assim”.
O atual presidente também realizou críticas aos ministros do Supremo Tribunal Federal, voltando a defender a contagem pública de votos nas eleições para a presidência da república, que será realizada neste ano.
O evento contou com a presença do ex-ministro da infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, pré-candidato ao governo de São Paulo pelo Republicanos, o que muitos têm apontado como uma campanha eleitoral antecipada.