O presidente da República, Jair Bolsonaro, fez hoje (06) uso de seu perfil oficial na rede social Facebook para comentar o caso do motorista Robson Oliveira, que está preso na Rússia.
Jair Bolsonaro indicou ter sido comunicado da situação por meio do atleta Felipe Melo, que é vinculado ao Palmeiras. Robson está preso na Rússia desde março de 2019, quando foi detido com medicamentos que são proibidos no país.
Sobre o fato, o presidente escreveu: “O caso do motorista Robson Oliveira (que foi trazido a mim via Felipe Melo/Palmeiras), ora preso na Rússia, é complexo, mas não impossível de ser solucionado. O mesmo foi preso em março de 2019 com posse de substância considerada droga naquele país, mesmo sendo remédio de uso permitido no Brasil”.
De acordo com a postagem de Bolsonaro, o medicamento: “Era para o sogro do jogador Fernando, com o qual ele trabalhava, defensor do Spartak de Moscou, hoje no Beijing Guoan, da China”. Ainda segundo o presidente, caso condenado a pena de Robson poderá chegar aos 20 anos.
Jair Bolsonaro reconheceu que a justiça da Rússia é “rígida e independente”, mas “um perdão do Governo local será buscado por nós” e concluiu apontando que “hoje serei orientado pelo Ministro Ernesto Araújo para um possível contato com o Presidente Vladimir Putin. Entramos no caso e o Brasil buscará, diplomaticamente, o retorno de Robson ao Brasil”.
O outro envolvido
Ao mesmo tempo que Robson completa mais de 500 dias na Rússia, o outro envolvido na história, o volante ex- Grêmio e atualmente no futebol chinês, Fernando. O atleta publicou uma nota extensa, que incluía fotos dos comprovantes de recursos enviados a Robson e do pagamento de um advogado.
Fernando indicou que: ”Por conta das inúmeras mentiras e boatos que estão espalhando sobre a minha conduta em relação ao caso do Robson, estou aqui na tentativa de ser verdadeiramente ouvido pela primeira vez”.
O atleta afirmou que todas às vezes que se colocou à disposição para ser ouvido “sem exceção, tive as informações que forneci manipuladas, omitidas e distorcidas por interesses que não eram o de mostrar ao público o que houve de forma imparcial”.
Fernando indicou que isso: “acabou me frustrando e induzindo pessoas a me verem como vilão dessa história, quando claramente tudo aconteceu por conta de uma infelicidade, que jamais tinha ocorrido na relação Brasil e Rússia”.
Na nota, Fernando também afirmou que: “é mentira quando dizem que eu não estou fazendo nada para ajudar o Robson. Desde o começo do processo eu arco com os custos do advogado dele na Rússia e ainda pago para que o advogado brasileiro possa viajar ao país, mesmo não podendo exercer sua função na esfera internacional”.
Ele também escreveu que “já é de conhecimento das autoridades russas que o remédio não é do Robson. Isso é um fato. Se soubéssemos da proibição, ideia que também foi maldosamente passada ao público, meu próprio sogro não teria viajado para o exterior com esse remédio inúmeras vezes, como fez durante cinco anos”.
Confira a íntegra da nota clicando aqui.
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