O banco Itaú alcançou uma marca em 2020 que expressa bem as dificuldades impostas durante o ano, marcado pela pandemia da Covid-19. Com uma forte queda de 28,9% na comparação com o ano anterior, o lucro líquido da instituição financeira chegou a R$ 18,9 bilhões. A saber, em 2019, o lucro líquido atingiu a marca de R$ 26,583 bilhões. E tudo isso aconteceu, principalmente, por conta da crise sanitária, que está prestes a completar um ano, mas ainda longe de chegar ao fim.
Vale ressaltar que, no último trimestre do ano passado, o lucro líquido chegou a R$ 7,592 bilhões, ficando um pouco acima do registrado no mesmo período de 2019 (R$ 7,482 bilhões).
A propósito, o lucro líquido recorrente, que exclui operações extraordinárias do banco, atingiu um patamar um pouco menor, de R$ 18,5 bilhões no ano passado. Isso representa uma queda expressiva de 34,6% em relação ao mesmo período de 2019, quando o lucro chegou a R$ 28,4 bilhões. Nesse caso, o lucro no quarto trimestre de 2020 foi de R$ 5,388 bilhões, ou seja, uma queda de 26,1% quando comparado ao último trimestre do ano anterior.
Em suma, o aumento das despesas com provisão devido ao impacto da pandemia do novo coronavírus na atividade econômica explica o lucro bem abaixo do registrado em 2019. “Além das questões conjunturais provocadas pela pandemia de Covid-19, que ainda impactam o desempenho do banco, seguimos em um contexto competitivo particularmente dinâmico”, afirmou em nota o novo presidente-executivo do Itaú, Milton Maluhy.
Veja mais detalhes do desempenho do Itaú
O Itaú também reportou um aumento de 5,1% nas despesas operacionais, puxadas por novas contratações e remuneração variável. Ao mesmo tempo, as despesas de provisão para créditos de liquidação duvidosa chegaram a R$ 29,938 bilhões em 2020. Isso representa uma disparada de 52,1% na comparação com 2019. A saber, essas despesas funcionam como uma espécie de colchão financeiro responsável por cobrir possíveis calotes.
Por fim, a carteira de crédito do Itaú disparou 20,3% em 2020 e somou R$ 869,5 bilhões. Já o índice de inadimplência acima de 90 dias recuou 0,7 ponto percentual, encerrando o ano em 2,3%. E a receita com prestação de serviços alcançou a marca de R$ 37,2 bilhões em 2020, ficando quase estável em relação ao ano passado (R$ 37,3 bilhões).
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